Para que uma empresa tenha assertividade nas estratégias de gestão apoiadas em tecnologia, é essencial que as ferramentas não apenas conversem entre si, mas caminhem juntas. É nesse momento que entra a interoperabilidade.
Muitos confundem a interoperabilidade com integração de sistemas, porém, trata-se de processos bem diferentes.
Enquanto a integração é a união de sistemas, onde um completa o outro, porém com dependência tecnológica, a interoperabilidade é a capacidade de dois ou mais softwares diferentes trabalharem em conjunto (interoperar), sem que um dependa da tecnologia do outro, facilitando acessos, processos e operações com a troca de dados de maneira eficaz e coordenada.
Para que entenda melhor como funciona a interoperabilidade, pense no seguinte cenário: você vai comprar algo, preenche seus dados e em um determinado momento é solicitado que preencha tudo novamente porque o sistema de pedido não “conversa” com o de cobrança. Isso acontece porque os sistemas não interoperam.
A interoperabilidade entre sistemas diferentes tornou-se essencial na orquestração de processos e rotinas de empresas, agilizando a definição de estratégias e tomada de decisão.
Mas para que esse modelo seja de fato possível é necessário que os padrões de todos os sistemas, que serão interoperáveis, sejam abertos e flexíveis, podendo ocorrer das seguintes formas:
Interoperabilidade organizativa – o objetivo dessa modalidade é facilitar a organização de empresas para que, mesmo com tipos de trabalhos diferentes, consigam adaptar seus processos entre si, incluindo estratégias e gestão.
Interoperabilidade semântica – os dados de um sistema precisam ser exatamente idênticos ao do outro software para que sejam interpretados de forma correta.
Exemplo: se um determinado campo de preenchimento de cadastro estiver como “Porte da Empresa”, os demais sistemas envolvidos precisam ter o nome para o campo em questão, promovendo uma padronização de informações.
Interoperabilidade técnica – Nesse caso a interoperabilidade ocorre quando os sistemas envolvidos utilizam padrões tecnológicos compatíveis, como interfaces, formatos de dados, banco, redes, plataformas, processamento, armazenamento e troca de informações, fluindo de forma nativa.
Com a interoperabilidade é possível reduzir custos financeiros significativos, além de ampliar a segurança de dados, ganho em agilidade de processos, produtividade, estratégias e tomada de decisão.
De qualquer forma, antes de optar por interoperar ou integrar seus sistemas, vale uma análise profunda do objetivo que se pretende alcançar e de quanto está disposto investir para então extrair o melhor de performance, seja com um modelo, ou outro.
Por Alan Lopes, CEO da CRM Services
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