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Evento da IDC debate desafios e oportunidades da TI no Brasil

IDC Future of Digital Infrastructure & Cloud Brazil  procurou dar um panorama do cenário nacional de TIC e onde as empresas usuárias estão direcionando seus investimentos

Evento da IDC debate desafios e oportunidades da TI no Brasil

A IDC realizou na quinta-feira (13/4) em São Paulo o evento IDC Future of Digital Infrastructure & Cloud Brazil, que procurou dar um panorama do cenário nacional de TIC e onde as empresas usuárias estão direcionando os seus investimentos. Luciano Ramos, CEO da IDC Brasil, alertou na abertura do evento que o País vem passando por uma transformação importante na infraestrutura digital, principalmente em relação a ambientes híbridos. “Isso significa que não temos um único caminho para resolver as questões de tecnologia que vão suportar as inovações dos negócios”, observou. “Temos diversas soluções possíveis no mercado, que podem compor a melhor infraestrutura digital. Cloud pública e privada, modelos híbridos, modelos como serviço, todas essas opções estão disponíveis. Esses ambientes híbridos têm se tornado Multicloud, mesclado diferentes tecnologias de diferentes provedores para trazer maior flexibilidade, amplitude de serviços, capacidade de experimentação e inovação”, afirmou.

Cada companhia precisa analisar seu estágio de evolução, conhecer e experimentar diferentes soluções para avaliar seu fit tecnológico, além de entender claramente o business case de cada uma delas

“Se estamos falando de ambientes híbridos e Multicloud, isso também puxa à reboque a questão da modernização de aplicações. Para que possamos de fato tirar proveito de toda essa transformação que a infraestrutura digital está passando, precisamos modernizar as aplicações, fazer com que elas possam entender esse contexto, tirar proveito dessas características, que possam ser mais elásticas, escaláveis, flexíveis para acompanhar o mesmo dinamismo que a gente vê no contexto de mercado. Essa é a grande mensagem que temos trazido quando falamos de Cloud e infraestrutura”, salientou.

Já Luciano Saboia, diretor de Telecomunicações da IDC Brasil, traçou um panorama das questões que têm influenciado os investimentos das empresas. “A IDC tem produzido bastante conteúdo falando dos Ventos das Mudanças, que vêm atingindo as empresas e as economias na América do Sul. São três ventos principais: temos os ventos contrários, que chamamos Headwinds, que todos enfrentam, como escassez de profissionais no mercado; restrições na cadeia de suprimentos, afetando a distribuição e consumo de tecnologia no mundo inteiro; e pressão inflacionária e de vida, tanto em mercados maduros como economias emergentes”, explicou.

Além desse, o executivo enumerou os Ventos Cruzados, que não são locais, mas afetam a vida de todos, como  incertezas políticas, ameaças em cibersegurança para todas as verticais de negócio, conflitos geopolíticos e recessão nos EUA. Isso tudo afeta as tomadas de decisões, iniciativas de investimentos. “Já os Ventos Favoráveis, ou Tailwinds, temos a recuperação dos orçamentos pós-pandemia; a aceleração digital, a forma como a tecnologia impulsiona os negócios; as demandas dos consumidores; e a renovação das arquiteturas e sistemas legados”, disse Saboia.

No recorte do mercado brasileiro do estudo Investments Trends da IDC, foi perguntado aos executivos quais tecnologias farão parte este ano das iniciativas de TI da empresa. Nas quatro primeiras posições ficaram: IT Security/Cloud Security (38%), Managed Services (37%), Enterprise Mobility (32%) e Hybrid IT and Cloud Management (30%). “São preocupações e direcionamentos, que tanto têm aspectos digitais, mas pragmáticos de onde serão colocados os investimentos, buscando eficiência, melhor governança e gestão”, revelou Saboia.

Entre outras previsões da IDC estão maior ênfase em otimização (e redução) de custos por meio de automação e avanço do FinOps; a TI terá que priorizar estratégias que simplifiquem a gestão e a conectividade com a Nuvem, tornando os ambientes híbridos e Multicloud mais eficientes; e as áreas de negócio buscarão entender como Cloud pode contribuir para sua imagem e resultados relacionados com ESG.

Segundo Saboia, a escassez global de desenvolvedores continua a ser um grande obstáculo para as empresas que buscam modernizar seus legados e atingir as metas de inovação digital. “As tecnologias de Low-code e No-code aumentam a produtividade dos desenvolvedores profissionais e habilitam colaboradores fora da TI a criar soluções digitais, mitigando assim os efeitos dessa escassez. Nós estimamos que o déficit de desenvolvedores globalmente deve alcançar a marca de 4 milhões de profissionais até 2025”, comentou.

Conclusões

O diretor de Telecomunicações da IDC finalizou sua apresentação com três recomendações:

– Os ambientes de TI estão se tornando cada vez mais híbridos e distribuídos, passando a incorporar capacidades de Nuvem – e, muitas vezes, múltiplas Nuvens – para atender aos diferentes requisitos de cada workload e de cada processo de negócio. Tornar essa evolução frictionless é atrativo e necessário.

– Inclua plataformas Low-code e No-code em sua estratégia de tecnologia. Estudos da IDC indicam que um dos principais facilitadores da inovação digital é ter uma abordagem de inovação por software bem desenvolvida. E as plataformas Low-code e No-code são parte fundamental dessa abordagem, de modo a reduzir riscos e eliminar lacunas de conhecimento.

– A modernização de aplicações já considera, em grande parte dos casos, a habilitação dos workloads para arquiteturas de Cloud. Esse é um movimento importante para a evolução do consumo de nuvem de maneira verdadeiramente otimizada, com maior controle e capacidade de automação

Luciano Ramos, CEO da companhia, também deixou suas recomendações aos participantes:

– Não há uma “bala de prata” que atende todas as necessidades de todos os cenários de TI. Cada companhia precisa analisar seu estágio de evolução, conhecer e experimentar diferentes soluções para avaliar seu fit tecnológico, além de entender claramente o business case de cada uma delas.

– A transformação da infraestrutura digital tem mudado a prioridade sobre a modernização das aplicações e a “gravidade do dados”; a IDC estima que a velocidade de crescimento da geração e consumo de dados na Nuvem já é 2x maior que nos ambientes on-premises.

– O amadurecimento das ofertas de plataformas de dados, Analytics e Inteligência Artificial (IA) na Nuvem também é um fator acelerador dos ambientes híbridos. Soluções cada vez mais poderosas e simples de usar terão efeito significativo na forma como as empresas buscarão novos elementos de infraestrutura.

Serviço
www.idc.com

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