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A era da informação está sendo substituída pela era da criatividade

Para Caio Sidorovich, CEO do Centro de Estratégia, ter repertório para ser criativo é o que vai diferenciar profissionais daqui para frente

A era da informação está sendo substituída pela era da criatividade

A tecnologia, a internet e, mais recentemente, a Inteligência Artificial estão revolucionando a forma como o ser humano acessa, produz e compartilha informações em todo o mundo. Com apenas um ou dois cliques, o usuário encontra na web todo tipo de dado em formato de texto, imagem e infográfico.

“Já é tanta informação disponível, com tantos vieses diferentes, que o que vimos acontecer nos últimos anos foi desinformação, crises de autoridade e reputações construídas sem nenhuma base concreta”, explica Caio Sidorovich, CEO do Centro de Estratégia, negócio especializado em lançamentos digitais.

Já é tanta informação disponível, com tantos vieses diferentes, que o que vimos acontecer nos últimos anos foi desinformação, crises de autoridade e reputações construídas sem nenhuma base concreta 

Sidorovich é especialista em produções criativas, com passagens pela Polishop e SBT. Ele argumenta que o público – seja o de redes sociais, seja o de outros meios de comunicação de massa – já entendeu que o conhecimento está sendo distribuído 24 horas por dia, para todas as linguagens e gostos, e muitas vezes de forma gratuita.

Diante desse cenário, segundo o especialista, a simples posse de informações já não é mais suficiente para garantir o sucesso nos negócios ou se destacar em uma determinada área.

“Ter um conhecimento e colocá-lo à disposição, ainda que de forma gratuita, já não traz resultados como antes. Por outro lado, se você fizer isso de forma realmente criativa, terá grandes chances de sucesso”, pontua ele, lembrando que esse raciocínio vale para estratégias de marketing e também para a criação de produtos e serviços inovadores.

“A era da informação está chegando ao fim, dando lugar à era da criatividade. As empresas e especialistas que conseguirem se adaptar a essa nova realidade serão os líderes de seus mercados, não tenho a menor dúvida”.

Ranking e método de criatividade
São poucas as métricas capazes de medir a criatividade ao longo do planeta. Uma das principais referências para a temática é o Relatório de Criatividade do Festival de Criatividade Lions. Segundo esse relatório, o Brasil é o terceiro país mais criativo do mundo, levando em conta a classificação de suas agências e profissionais em premiações.

Figuram à frente do Brasil os Estados Unidos e a Inglaterra, ocupando respectivamente o primeiro e segundo lugar do ranking, que teve sua última edição lançada em 2022.

“É muito legal ver o Brasil ocupando essa posição. Nosso desafio agora é transbordar essa criatividade do mundo das grandes agências para o pequeno e médio empresário e sua equipe”, afirma Sidorovich, que desenvolveu o método Arped para criação de “anúncios irresistíveis”.

“Meu objetivo hoje é auxiliar mais pessoas a alcançarem resultados positivos em seus negócios, ainda que não possam contar, nesse momento, com uma super agência de publicidade”, explica. O método de Sidorovich é baseado em três pilares: repertório, referências e coragem.

“O primeiro passo é transformar as vivências em analogias simples. Depois, traduzir o que já deu certo em outros mercados para o seu negócio. E, por fim, livrar-se de julgamentos para colocar em prática aquelas ideias que parecem incompletas ou mesmo ruins, porque muitas vezes só precisam ser lapidadas”, detalha ele.

O mais importante, segundo Sidorovich, é o repertório: “para sermos criativos, precisamos viver, estarmos abertos para novas experiências, e isso o chat GPT ainda não faz”.

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