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Estudo de pesquisador da USP aponta as melhores em ESG no Brasil

Estudo mostra que pessoas são o centro das discussões e ações para um futuro sustentável, além de apresentar nomes como Arezzo, Mercur, Banco BV, Special Dog, Dengo, dentre outras, entre as companhias que melhor desempenham papel social, ambiental e de governança no País, segundo índice

Estudo de pesquisador da USP aponta as melhores em ESG no Brasil

“Demanda coragem”. Essa foi uma das falas de Pedro Paro, pesquisador de doutorado da USP e CEO e fundador da Humanizadas, empresa de avaliação multistakeholder em ESG com uso de Inteligência de Dados, durante evento realizado na última quinta-feira, dia 23, em São Paulo (SP), para a apresentar a mais nova pesquisa “Melhores para o Brasil” com Dados inéditos sobre boas práticas e sustentabilidade nas organizações empresariais brasileiras.

O relatório tem como proposta extrapolar os indicadores existentes no mercado, que se limitam a olhar resultados restritos e sem base ESG, trazendo diversos apontamentos sobre como andam a cultura e clima organizacional, meio ambiente, conscientização de lideranças, relacionamento com clientes, parceiros e fornecedores. Foram 198 empresas avaliadas (entre, Arezzo, Mercur, Banco BV, Special Dog, Dengo, Magalu, Elo7, etc), que juntas somam R$ 221 bilhões em faturamento, empregam 108 mil pessoas e impactam 51 milhões de clientes e 232 mil fornecedores e parceiros. “As Melhores para o Brasil são apenas 1,6% do nosso PIB, mas já criam um retorno positivo de valor para todos os stakeholders. Precisamos ter consciência da nossa força, das ações, mas ainda precisamos ampliar o impacto das Melhores para o Brasil, pois temos muitas empresas que têm medo de ouvir pessoas”, afirma.

As Melhores para o Brasil são apenas 1,6% do nosso PIB, mas já criam um retorno positivo de valor para todos os stakeholders

O evento contou também com uma premiação para as organizações mais bem avaliadas de acordo com a metodologia da Humanizadas, separadas por categorias – financeiro, varejo, consultoria, saúde, entre outros – e ainda com dois painéis sobre “ESG e Nova Economia” e “Disrupção na Gestão de Pessoas: Competências, Lideranças e Práticas Corporativas”.

“O mercado brasileiro revela crises na relação com seus públicos de interesse, dos acionistas ao consumidor final, de governança, liderança e significado. Enquanto isso, as Melhores Para o Brasil revelam um novo modelo de gestão e geram um valor compartilhado em cadeia, além de possuírem um retorno financeiro 615% superior a índices tradicionais como o IBOV (antigo Ibovespa) no longo prazo” , complementa Paro. O estudo mostrou que dentre os cinco níveis de maturidade existentes (1 – Sobrevivência; 2 – Regulação; 3 – Reputação; 4 – Sustentabilidade e 5 – Regenerativo), o Brasil ainda está entre os três primeiros níveis, enquanto as empresas que já adotaram boas práticas, alcançaram os níveis 4 e 5.

Pessoas estão no centro da questão ESG
O principal ponto trazido pelo relatório e também muito debatido durante os painéis, foi sobre pessoas. O mundo está cada vez mais flexível e adaptável a mudanças, com novas e antigas gerações todos os dias debatendo questões importantes sobre qualidade de vida, carreira, meio ambiente e problemas sociais. “A organização se propõe a se desafiar o tempo todo a partir das pessoas. Quando você contrata, não contrata um dress code e sim uma pessoa como ela é, ou seja, com seu físico, história, habilidades, competências e tudo isso faz parte da pessoa e reconhecer e valorizar essa integralidade e o que permite às pessoas aportarem o melhor do seu potencial”, afirma Fabiano Rangel, líder de Desenvolvimento Organizacional da Leão .

“Antigamente se pensava que era possível educar um colaborador com advertência ou suspensão. Mas as lideranças evoluíram. Hoje devemos fazer a autogestão e dar autonomia às pessoas, ter integralidade e cuidado nas relações. As pessoas são capazes de dar o melhor delas quando se cria confiança”, completa Lívia Zappa, diretora de Gente e Gestão da CPI Tegus.

Fabiano ainda chama a atenção para o fato de estarmos, como membros de uma sociedade, cada vez mais próximos e não com a “dupla personalidade” de achar que após passar a porta da empresa somos uma outra pessoa. “A família tem mais contato com a empresa nos dias atuais e ela tem um grande peso na tomada de decisão”.

Para João Paulo Figueira, gerente de desenvolvimento sustentável da Special Dog – uma das empresas premiadas do evento — a sustentabilidade vem sendo reconhecida, gradativamente, como um diferencial competitivo. “Hoje, entre os principais players do mercado petfood, qualidade do produto é um parâmetro bem estabelecido e que não difere significativamente as marcas – é um padrão de mercado que precisa ser atendido. Então qual o novo diferencial que nós acreditamos? Atributos de sustentabilidade. É a relação harmoniosa e o impacto positivo que aquela empresa e seus produtos têm com o meio ambiente, o bem-estar animal e a vida das pessoas — é fazer negócios com valores. E essa mudança só é possível através da construção de um novo mindset — ético, consciente, empático e inovador”.

Em resumo, não importa o tamanho de uma empresa ou quantos anos de existência tenha, e sim a mentalidade que ela põe em cima das situações. De forma objetiva, Pedro Paro resume bem a linha de raciocínio do ESG: “quanto maior o problema da sociedade e do planeta que uma empresa resolve, mais nós precisamos dessa empresa”.

Sobre a Humanizadas
A Humanizadas é a primeira empresa brasileira de avaliação multistakeholder em ESG orientada à Inteligência de Dados. Com a pesquisa “Melhores Para o Brasil”, analisando organizações sob a perspectiva das lideranças, colaboradores, clientes, parceiros, comunidades locais e meio ambiente. A Humanizadas tem como objetivo combater o greenwashing e impulsionar um verdadeiro Capitalismo de Stakeholders. A empresa auxilia organizações de pequeno, médio e grande porte, a promoverem um ambiente de maior prosperidade econômica no país, mitigando crises ambientais e de governança, além de diminuir a desigualdade social, ao mesmo tempo em que constrói reputação de marcas, cultura organizacional, princípios e valores.

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