ChatGPT poderá ser usado para ataques cibernéticos, afirma BlackBerry

A BlackBerry Limited divulgou nesta quinta-feira (2/2) uma nova pesquisa revelando que metade (51%) dos profissionais de TI prevê que estamos a menos de um ano de um ciberataque bem-sucedido creditado ao ChatGPT, Inteligência Artificial desenvolvida pela OpenAI, e 71% acreditam que estados estrangeiros já podem estar usando a tecnologia para fins maliciosos contra outras nações.

A pesquisa com 1,5 mil tomadores de decisão de TI na América do Norte, Reino Unido e Austrália expôs uma percepção de que, embora os entrevistados em todos os países vejam o ChatGPT como geralmente sendo usado para “bons” propósitos, 74% reconhecem sua ameaça potencial à segurança cibernética e estão preocupados. Embora existam opiniões diferentes em todo o mundo sobre como essa ameaça pode se manifestar, a capacidade do ChatGPT de ajudar os hackers a criar e-mails de phishing mais confiáveis ​​e legítimos é a principal preocupação global (53%), além de permitir que hackers menos experientes melhorem seus conhecimentos técnicos e desenvolver habilidades mais especializadas (49%) e seu uso para espalhar desinformação (49%).

“O ChatGPT provavelmente aumentará sua influência na indústria cibernética ao longo do tempo por bons motivos. Há muitos benefícios a serem obtidos com esse tipo de tecnologia avançada e estamos apenas começando a arranhar a superfície, mas também não podemos ignorar as ramificações. Como a maturidade da plataforma e a experiência dos hackers de colocá-lo em uso, ficará cada vez mais difícil de defender sem também usar a IA na defesa para nivelar o jogo”, comentou Shishir Singh, diretor de Tecnologia de Segurança Cibernética da BlackBerry.

De fato, os resultados da pesquisa da BlackBerry também revelaram que a maioria (82%) dos tomadores de decisão de TI planeja investir em segurança cibernética orientada por IA nos próximos dois anos e quase metade (48%) planeja investir antes do final de 2023. Isso reflete a crescente preocupação de que as soluções de proteção baseadas em assinatura não sejam mais eficazes no fornecimento de proteção cibernética contra uma ameaça cada vez mais sofisticada.

Embora os diretores de TI tenham certeza de que o ChatGPT aumentará a segurança cibernética para as empresas, a pesquisa também revelou que 95% acreditam que os governos têm a responsabilidade de regulamentar tecnologias avançadas. No entanto, atualmente, há um consenso otimista de que os profissionais de tecnologia e pesquisa ganharão mais do que os cibercriminosos com os recursos do ChatGPT.

“Tem sido bem documentado que pessoas com intenções maliciosas estão testando as possibilidades, mas, ao longo deste ano, esperamos ver os hackers entenderem melhor como usar o ChatGPT com sucesso para fins nefastos; seja como uma ferramenta para escrever um malware mutável melhor ou como um facilitador para reforçar seu ‘conjunto de habilidades’. Tanto os ciberprofissionais quanto os hackers continuarão a procurar como podem utilizá-lo melhor. O tempo dirá quem é mais eficaz”, finalizou Singh.

Serviço
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