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Cachaça Pindorama adota tecnologia de drones para reflorestamento de áreas tropicais

Para cada barril usado na produção da Pindorama Ouro são plantadas dez árvores da mesma espécie na propriedade

Cachaça Pindorama adota tecnologia de drones para reflorestamento de áreas tropicais

A Cachaça Pindorama inicia 2023 apostando no uso da tecnologia para o reflorestamento de áreas de plantio da cana onde a cachaça orgânica é produzida, na centenária Fazenda das Palmas, no interior do Rio de Janeiro, no Vale do Café. Com a colaboração da startup francesa Morfo, a Pindorama tem utilizado drones para reconhecimento de solo, semeadura das espécies e monitoramento do progresso da recuperação. Isso não significa que reflorestar com drones seja algo trivial. Ao contrário. “É preciso fazer a escolha correta das sementes, dar o tratamento adequado”, explica Rafael Daló, sócio e diretor criativo da marca, que está entre os projetos piloto de operação da Morfo no Brasil.

Reforçando o compromisso da Pindorama com iniciativas que tornaram o projeto consciente nas diretrizes de ESG, através da parceria com o ITPA – Instituto Terra de Proteção Ambiental –– a marca tem desenvolvido a recuperação dos ecossistemas, especialmente a Mata Atlântica. “Através da agricultura sintrópica realizamos o plantio de cana de açúcar e milho não transgênico em consórcio próximo ao alambique, como forma de proteção do solo, além da criação de uma estrutura para produção de energia através do bagaço da cana. O ITPA nos ofereceu toda a consultoria para conservação e mobilização, com isso estamos reflorestando 20 hectares de terra”, reforça Daló.

História, investimentos e expansão da marca
Foi em 2012, que o casal Luiza Konder e Antônio Carlos de Almeida Braga adquiriram a propriedade e descobriram ali nas suas instalações o que vinha a ser o terceiro alambique comercial do estado e decidiram por restaurar o local. Construído originalmente em 1855, o alambique havia sido desativado e abandonado, porém ainda mantinha a caldeira inglesa, importada via Alemanha no começo do século XX. A estrutura foi totalmente reformada, a cana-de-açúcar começou a ser plantada e a cachaça, destilada. Com a ajuda das duas filhas, Joana e Maria Almeida Braga, e do genro, Rafael Daló, nasceu a Pindorama cujo nome coincidentemente significa em Tupi-guarani, região das palmeiras ou terra livre do mal.

A marca fez sua estreia inicial, em 2017, no mercado português, devido às facilidades iniciais oferecidas pelo País. Logo após seu lançamento, a Pindorama conquistou a medalha de prata no International Spirits Challenge, em Londres, em 2019. Em 2021, após um resultado consistente de vendas na Europa, a marca iniciou sua comercialização no Brasil, chegando a pontos de venda no Rio de Janeiro e São Paulo. Em 2022, mais um título, o segundo lugar do V Ranking da Cúpula da Cachaça.

Este mês a Pindorama lança a série Ouro, uma cachaça suave, delicada e elegante. Possui cor amarelo-palha, acidez baixa e sensação aveludada na boca, com armazenamento feito em tonéis de Amburana, que proporciona um aroma com notas adocicadas e remetem a especiarias, baunilha e mel. Para cada barril usado na produção da Pindorama Ouro são plantadas dez árvores da mesma espécie na propriedade.

No centro do rótulo, desenvolvido por Oveja & Remi, renomado escritório argentino de design, que também criou o rótulo oficial, se destaca a imagem de uma mulher, inspirada em Iara, a deusa das águas. Ela encontra-se dentro de uma canoa, levando um barril de cachaça rio acima, acompanhada de um boto-rosa, espécie nativa da Amazônia, que simboliza fertilidade e encontra-se em perigo de extinção, elementos que a Pindorama sempre apostou para ilustrar a multiplicidade de nossa população. O teor alcoólico da Pindorama Ouro é de 42%. A garrafa francesa da Saverglass tem 700ml e está prevista para ser exportada para países da Europa como Áustria e Alemanha, a partir de abril deste ano.

Foram investidos 2,5 milhões de reais na revitalização do alambique, plantio, e implementação da marca. A produção atualmente está em torno de 40 mil litros por ano. A ideia é chegar em 2028, aos 75 mil litros, o equivalente a 100 mil garrafas. Nesse período, a receita bruta deve atingir R$500 mil mensais.

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