O ecossistema da indústria de produção eletrônica, como um todo, é pouco desenvolvido no Brasil. Esse fator traz diversos desafios para a nacionalização de produção de hardware próprio. Pensando nisso, Igor Vazzoler, fundador e CEO da Progic, empresa do segmento de Comunicação Interna com foco em TV corporativa, mesmo sentindo de perto essa dificuldade, foi na contramão do mercado e partiu para o desenvolvimento de um equipamento próprio, com tecnologia pioneira e particularidades e recursos voltados para o setor corporativo.
“No nosso caso, especificamente para o mercado de TV Corporativa voltado para gestão e comunicação interna, os equipamentos geralmente ficam ligados 24 horas por dia, 7 dias por semana, o que requer de seus componentes qualidade e vida útil superior em relação aos equipamentos de uso doméstico, além de diversos aspectos para garantir a segurança e a operação ininterrupta, por isso, foi preciso voltar nossos esforços para desenvolver nosso próprio equipamento”, explica Vazzoler, engenheiro eletrônico e responsável por liderar o desenvolvimento do único player de TV Corporativa brasileiro.
Ao contrário do que foi realizado pela Progic, importar o produto pronto pode ser feito por um custo menor, porém há diversas vantagens em desenvolver e produzir o próprio equipamento, principalmente no que diz respeito à qualidade do produto final e aos recursos específicos do dispositivo.
“Ao longo da minha carreira, já tive algumas experiências em desenvolvimento de hardware antes de fundar a Progic, por isso, a decisão de criar o equipamento para a nossa solução de TV Corporativa foi a mais natural para nós, ao contrário do que é feito pela grande maioria das empresas brasileiras. Posso dizer que garantimos a qualidade e a personalização das funções deste dispositivo”, conta o fundador.
Com a experiência que deu certo, o fundador da Progic explica que existem três etapas para o desenvolvimento de um hardware. O primeiro é a elaboração do projeto eletrônico, contendo o esquemático e, posteriormente, a placa de circuito impresso (PCB). “Nós usamos os componentes eletrônicos que farão parte do produto, como circuitos integrados, conectores, componentes passivos e são realizadas as conexões entre todos esses elementos”, diz o especialista.
Depois, parte-se para a etapa de prototipagem, em que poucas unidades são produzidas para a realização de diversos testes funcionais e de estresse para validar o correto funcionamento do produto eletrônico e garantir a segurança do equipamento. “Nesta etapa também é feito as homologações do produto junto aos órgãos competentes”, finaliza Vazzoler.
Após a validação do hardware, e a realização de possíveis ajustes, é a hora da etapa de produção em escala. Neste momento, as máquinas especializadas são utilizadas para dispor e soldar cada componente do hardware na PCB, como a SMT Stencil Printer, Pick and Place e forno de refusão SMD. Após isso, as placas são colocadas em suas carenagens e passam por uma bateria de testes gerais para garantir a qualidade do produto.
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