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Docway e Escola Brasileira de Medicina se unem para a difusão da Telemedicina no País

Com a parceria entre empresa de soluções para a saúde digital e plataforma de Pós-Graduação focada em ensino digital para médicos, médicos poderão se especializar no atendimento via Telemedicina, além de receberem a capacitação em gestão do trabalho com a supervisão acadêmica e clínica, bem como a possibilidade de emprego na área

Docway e Escola Brasileira de Medicina se unem para a difusão da Telemedicina no País

Democratizar o atendimento médico, revolucionar a saúde e torná-la cada vez mais acessível e humanizada a milhões de pessoas. Esse é o elo entre a Escola Brasileira de Medicina – Ebramed, plataforma de Pós-Graduação focada em ensino digital para médicos, e a Docway, empresa de soluções para a saúde digital.

Com a parceria firmada entre ambas, a expectativa é que médicos de todo o País possam se especializar em tecnologia para atendimento, além de receberem a capacitação em gestão do trabalho com a supervisão acadêmica e clínica da escola, bem como a possibilidade de emprego na área. A Escola Brasileira de Medicina, edtech criada em 2020, prevê crescer 62% em matrículas e engordar a receita em aproximadamente R$ 3,9 milhões por mês, em um universo que comporta mais de 100 mil atendimentos médicos por mês.

Trata-se de uma ferramenta para agregar no desenvolvimento, agilidade e reduzir custos do setor de saúde como um todo

A parceria visa também resolver algumas dores da população em geral como reduzir custos em deslocamentos desnecessários em idas ao hospital – muitos casos poderiam ser resolvidos com uma consulta online, por exemplo. Isso traz reflexos positivos em tempo de espera nos atendimentos, bem como ajuda a desafogar o sistema de saúde.

Segundo a Agência Nacional de Saúde — ANS, a permanência nos prontos-socorros pode ultrapassar a marca de duas horas, a depender da classificação de risco do paciente, isso sem mencionar a alta exposição a outras patologias transmissíveis em ambientes coletivos. Dados mostram, ainda, que cerca de 80% dos pacientes que vão até o PS poderiam ser atendidos via telemedicina.

Outro ponto importante é estabelecer a segurança dos médicos no atendimento remoto, já que essa não é uma disciplina que já se aplica e estuda nas Universidades. Dados da Ebramed revelam que, de cada 4 médicos, 3 não sabem fazer atendimento de pacientes via telemedicina e/ou não se sentem preparados para isso. O estudo, que contou com mais de 800 médicos de grandes cidades brasileiras como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Santa Catarina, além de Maranhão e Rio Grande do Sul, escancarando um problema histórico no País: a falta de especialização médica em tecnologia.

Atingiremos médicos em cidades afastadas dos grandes centros de treinamento. Somos a única especialização do mercado mundial que oferece, de forma digital, ensino e muita prática de forma simultânea: trabalho, ensino, renda, mobilidade e otimização do tempo, tudo no mesmo lugar. Com a chegada da Docway, seremos o maior hub de estágio prático em telemedicina do País”, diz Marcus Vinicius Tatagiba, CEO e fundador da Escola Brasileira de Medicina.

A parceria com a Docway é estratégica para escalar o negócio, já que entra com todo o aparato e expertise tecnológica para atendimento remoto, bem como a indicação de pacientes e preceptoria, enquanto a EBRAMED oferecerá conhecimento teórico e prático para a capacitação médica e gestão do trabalho eficiente em equipe. A estimativa é atingir 1,2 mil médicos e realizar cerca de 2,8 mil atendimentos a pacientes nas diversas especialidades já no primeiro ano. “Se considerarmos o potencial de atendimento, a perspectiva de alcance é ainda maior, algo em torno de 3,4 milhões de consultas, com um impacto econômico na ordem de R$ 175 milhões”, afirma Tatagiba.

Inicialmente, o programa de estágio médico hospitalar terá início este mês para alunos dos cursos de pós-graduação em Clínica Médica, Medicina de Emergência, Pediatria e Medicina da Família e Comunidade, com duração mínima de seis meses e máxima de dois anos. Outras especialidades estão previstas no calendário e devem entrar ainda no decorrer deste e do próximo ano, como Cardiologia, Psiquiatria e Ginecologia, além de treinamentos específicos para a utilização da plataforma, protocolos e condutas de segurança nas consultas e procedimentos, que garantem total sigilo médico-paciente, de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados — LGPD.

Regulamentação da Telemedicina
Nos últimos 10 anos, houve um aumento expressivo pela busca da formação em medicina, são mais de 500 mil médicos formados, os quais aproximadamente 64% têm o título de especialista. Para 2030, a perspectiva é ainda maior: é esperado que esse número ultrapasse os 800 mil. É o que aponta o estudo realizado pelo CFM – Conselho Federal de Medicina em parceria com a Universidade de São Paulo.

Especificamente na área médica, existem mais oportunidades profissionais do que médicos disponíveis. O Brasil tem 2,4 profissionais para cada mil habitantes, superior à população do Japão, por exemplo, e próxima de países como Estados Unidos (2,6), Canadá (2,7) e Reino Unido (2,8). Em muitos países considerados desenvolvidos, este número está na faixa de 4 por mil habitantes.

Graças à regulamentação da telemedicina, foi possível ampliar e democratizar o acesso à saúde de qualidade para mais pessoas, além de aumentar a capacidade de atendimento em todo Brasil. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), a telemedicina é “o exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, educação, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção de saúde”.

Fábio Tiepolo, Docway“A prática da telemedicina não substitui a medicina presencial. Trata-se de uma ferramenta para agregar no desenvolvimento, agilidade e reduzir custos do setor de saúde como um todo, seja pela troca de experiência e conhecimento entre profissionais, por possibilitar atendimento mais abrangente e qualificado a um maior número de pessoas que não teriam acesso em condições normais, ou mesmo pela praticidade, dinamismo e conforto”, aponta o CEO da Docway, Fábio Tiepolo.

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