Gartner lista os 10 erros mais comuns em estratégia de Nuvem

Uma estratégia de Nuvem é um ponto de vista conciso sobre o papel da computação em Nuvem na organização. No entanto, os líderes de negócios e de TI continuam cometendo 10 erros comuns ao elaborar sua estratégia de Nuvem, de acordo com o Gartner.

“Uma boa estratégia de Nuvem deve ser um documento curto e consumível, composto de 10 a 20 páginas ou slides”, disse Marco Meinardi, vice-presidente analista do Gartner. “Além disso, a estratégia de negócios deve conduzir a estratégia de Nuvem e fornecer orientação para aqueles que irão implementá-la. Deve coexistir com outros esforços estratégicos, não tentar refazê-los”, observou.

Os analistas do Gartner estão discutindo como habilitar e explorar a Nuvem e demonstrar valor no evento Gartner IT Infrastructure, Operations & Cloud Strategies Conference 2022 (21 e 22/11).
Os líderes de negócios e de TI devem criar uma estratégia de Nuvem de forma colaborativa e evitar os 10 erros a seguir ao criar sua estratégia de Nuvem:

1. Supondo que seja uma estratégia de TI (somente)

A computação em Nuvem não é apenas sobre tecnologia. Quem está fora da TI tem habilidades e conhecimentos essenciais para o sucesso da estratégia de Nuvem. “Os líderes de negócios e de TI devem evitar o erro de conceber uma estratégia centrada em TI e depois tentar “vendê-la” para o resto do negócio”, disse Meinardi. “Negócios e TI devem ser parceiros iguais na definição da estratégia de Nuvem”, afirmou.

2. Não ter uma estratégia de saída

Elaborar uma estratégia de saída dos provedores de Nuvem é difícil, e esse é um dos motivos pelos quais muitos líderes não criam uma. Muitas organizações acreditam que não precisam de uma estratégia de saída porque não esperam trazer nada de volta da Nuvem. No entanto, uma estratégia de saída é vital para o sucesso da estratégia em uma organização. “É como ter uma apólice de seguro na gaveta, que esperamos nunca precisar usar”, disse Meinardi.

3. Combinar ou confundir uma estratégia de Nuvem com um plano de implementação de Nuvem

Uma estratégia de Nuvem é diferente de um plano de implementação. Uma estratégia de Nuvem deve vir primeiro. É a fase de decisão na qual os líderes de negócios e de TI decidem o papel que a computação em Nuvem desempenhará na organização. Um plano de implementação de Nuvem vem a seguir, colocando a estratégia em prática.

4. Acreditar que é tarde demais para elaborar uma estratégia de Nuvem

Nunca é tarde para começar uma estratégia de Nuvem. “Se as organizações conduzirem a adoção da Nuvem sem uma estratégia, isso acabará por causar resistência por parte de indivíduos que não estão alinhados com os principais impulsionadores e princípios da estratégia”, disse Meinardi. “Como resultado, essa resistência diminuirá a adoção da Nuvem e potencialmente comprometerá todo o projeto”, alertou.

5. Equacionando uma estratégia de Nuvem com “Estamos movendo tudo para a Nuvem”

Muitas organizações assumem que ter uma estratégia de Nuvem implica mover tudo para a Nuvem. “Essa abordagem impede muitos líderes de negócios e de TI de elaborar uma estratégia porque eles acham que isso significa que serão forçados a começar a usar a computação em Nuvem para tudo”, disse Meinardi. “As organizações devem manter a mente aberta e fazer parceria com um especialista em tecnologia fora da Nuvem, como um arquiteto corporativo, que pode trazer uma visão ampla na definição de sua estratégia”, comentou.

6. Dizer: “Nossa estratégia de Nuvem é nossa estratégia de Data Center”

Muitas organizações confundem sua estratégia de Nuvem com sua estratégia de Data Center. Embora as organizações precisem mantê-los separados, elas precisam garantir que estejam alinhadas umas com as outras porque isso afeta o papel que a computação em Nuvem desempenhará em sua organização. “As decisões de estratégia de Nuvem são carga de trabalho por carga de trabalho, não decisões de Data Center”, disse Meinardi.

7. Acreditar que um Mandato Executivo é uma estratégia

Outro erro comum que as organizações cometem é adotar a computação em Nuvem porque o CEO, CIO ou chefe de uma unidade de negócios acredita que isso resultará em economia de custos. Os analistas do Gartner recomendam tratar Mandatos Executivos como patrocínio para elaborar uma estratégia de Nuvem e não como uma estratégia de Nuvem em si. A estratégia de Nuvem também deve manter a conexão com os negócios, garantindo que as organizações saibam por que as cargas de trabalho estão se movendo e qual é o objetivo.

8. Acreditar que ser uma loja “Fill in Vendor” significa que essa é a estratégia de Nuvem

As organizações provavelmente usarão vários serviços de Nuvem diferentes ao longo do tempo. Como o uso de serviços em Nuvem pode se tornar cada vez mais amplo e diversificado, os líderes de negócios e de TI devem elaborar uma estratégia ampla, acomodando vários tipos de cenários, serviços de Nuvem, fornecedores e ambientes fora da Nuvem.

9. Desenvolvimento terceirizado de sua estratégia de Nuvem

Terceirizar a estratégia de Nuvem de uma organização pode parecer atraente, mas não deve ser feito – é muito importante terceirizar. Em vez disso, os analistas do Gartner recomendam que os líderes de negócios e TI usem terceiros – até mesmo o provedor de Nuvem – para implementação. Essa pode ser uma maneira econômica de adquirir as escassas habilidades de nuvem de que sua organização precisa.

10. Dizer que “nossa estratégia é a Nuvem em primeiro lugar” é toda a estratégia de Nuvem

Uma abordagem que prioriza a Nuvem significa que, se alguém solicitar um investimento, o local padrão para construir ou colocar o novo ativo é na Nuvem pública. “Mas Cloud-first não significa somente Nuvem. Se os líderes de negócios e de TI adotarem o princípio da Nuvem em primeiro lugar, sua estratégia deve resolver as exceções à escolha padrão que fará aplicativos e outros lugares além da Nuvem”, finalizou Meinardi.

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