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Delfia chega ao mercado com proposta de curadoria de jornadas digitais

Além de anunciar o início das atividades no Brasil, a empresa já abriu subsidiárias no México, Colômbia e também nos Estados Unidos

Delfia chega ao mercado com proposta de curadoria de jornadas digitais

A Delfia, que se posiciona como uma curadoria inteligente de jornadas digitais, anunciou o início de suas atividades no Brasil, além de subsidiárias nos Estados Unidos, México e Colômbia. A empresa receberá, ao longo de três anos, investimentos de R$ 50 milhões. A Delfia é formada a partir da aquisição das operações da Econocom no Brasil por Rodrigo Bocchi, ex-CEO da Econocom Brasil e líder da nova empresa. Nesta entrevista, o executivo explica como a empresa irá atuar e os seus planos.

Como surgiu a Delfia?

Ela surgiu de uma empresa familiar chamada Interadapt Solutions, há 20 anos. Há cerca de dez anos, um grupo francês, primeiramente a Osiatis e posteriomente a Econocom, fez investimentos na operação brasileira. Mais recentemente, tive a oportunidade de apresentar uma oferta de compra da operação no Brasil e assim lançamos agora a marca Delfia. Quando se sai de uma estrutura de uma multinacional francesa do tamanho da Econocom, agora é um momento de renovação, inclusive de propósito. Assim, conseguimos dar uma visibilidade de longo prazo, fazer investimentos para solidificar a empresa, principalmente em relação à transmissão de conhecimentos.

Como a empresa se posiciona no mercado?

A Delfia é uma curadoria de jornadas digitais e ela olha principalmente para três públicos que fazem parte do nosso ecossistema: nossos colaboradores, clientes e fornecedores de tecnologia. O nosso objetivo é apoiar todos esses públicos a alcançarem os melhores resultados, a terem sucesso em suas carreiras e atividades, além de acelerar o processo de Transformação Digital das empesas.

O que é uma curadoria?

A curadoria remete a duas características, a primeira é ser um grande filtro, vivemos em um mundo inundado de opções, mil tecnologias aparecem, o cliente pode atender sua dor de diversas maneiras. O que procuramos fazer desde a época da Econocom é filtrar a tecnologia mais aderente às necessidades dos clientes e dos segmentos que atendemos, e conseguir extrair o que há de melhor. A curadoria também tem muito a ver com zelo. Investimos para que os nossos profissionais tenham a melhor capacitação técnica possível para atender o cliente, o que também tem a ver com comprometimento.

Quais as áreas de atuação?

Temos três grandes pilares em nosso portfólio. A primeira é toda parte de observalidade de dados, especialmente para o ambiente Cloud, e para aplicações, com  toda parte de APM (Application Performance Management). Estes são o grande core da companhia. Estamos com 360 colaboradores, somos muito fortes também em serviços gerenciados dentro dos departamentos de TI. Por fim, recentemente, entramos no mercado de cibersegurança. Segurança e dados andam muito juntos e conseguimos dar sinergia a essas duas ofertas.

E em relação a verticais?

Falando um pouco sobre indústrias, temos certa concentração no segmento financeiro, como os grandes bancos de varejo, seguradoras, fintechs e corretoras, pois é mais fácil mostrarmos valor para estes segmentos. Telecom também tem peso grande, temos contratos de longo prazo neste setor, o que é importante para a companhia, dá previsibilidade de caixa. Obviamente, vamos caminhando em outras indústrias também, mas ainda existe certa concentração nas áreas financeiras e telecomunicações.

Como é essa atuação em dados?

Somos muito fortes em monitoramento de aplicações, encontrar gargalos, fazer com que os aplicativos para os usuários finais tenham boa performance, garantir escalabilidade para as empresas; todas as arquiteturas em infraestrutura e Cloud a gente monitora; e o business journey, conhecer realmente por onde os clientes dos nossos clientes têm andado, quais são as dificuldades que eles encontram. Temos soluções de tecnologia que apontam para isso de forma até preditiva que ajudam os clientes a economizarem e fazerem mais vendas.

Com quais fornecedores de tecnologia a empresa possui parcerias?

Olhamos muito para o mercado americano para encontrar tecnologias que, do ponto de vista comercial, tenham escalabilidade, que estão de fato resolvendo problemas lá, um mercado mais maduro. Então, trazemos essas tecnologias para o País, entramos como os primeiros representantes aqui. Contratamos profissionais sêniores em determinadas disciplinas, treinando e certificando. Esse modelo de negócios fizemos muito bem para quatro tecnologias: AppDynamics, da Cisco, a Datadog, Harness, uma solução de CI/CD, e Zscaler, uma solução de cibersegurança. Para as quatro, fomos a primeira consultoria que de fato investiu de forma séria nessas soluções e hoje temos liderança de market share por conta desse pioneirismo e esse trabalho de filtro, identificando soluções que façam diferença em nosso mercado. Temos poucos parceiros tecnológicos, queremos colocar energia neles e sermos referência. Isso está dentro do nosso conceito de ecossistema, de apoiar esses fornecedores tecnológicos a ganharem capilaridade, enxergarem na Delfia uma extensão da companhia, que vai colocá-los à frente dos clientes, que conseguirá suportá-los tecnicamente. Procuramos ter poucos parceiros, mas sermos a melhor consultoria deles.

Quais os planos de internacionalização da companhia?

Recentemente, abrimos três subsidiárias, no México, Colômbia e EUA. Fomos fortemente recomendados por nossos parceiros tecnológicos para que replicássemos lá o trabalho que fazemos no Brasil. Na América Latina escolhemos o México e a Colômbia, e já temos sete clientes nesses dois países e estamos satisfeitos com as operações, temos profissionais dedicados lá. Os EUA, apesar de ser um mercado mais maduro, vemos que o gap de mão de obra é o mesmo do que aqui, e para as tecnologias que representamos no Brasil, de fato conseguimos fazer entregas em nível superior as de lá. Vemos uma grande oportunidade de, com mão de obra brasileira, também atender clientes americanos. Esse é um projeto de médio prazo, mas seremos pra os clientes muito interessantes do ponto de vista de eficiência econômica.

Quais planos para o futuro?

Para o futuro, temos planos para criar uma universidade corporativa, que primeiramente visa atender o nosso próprio público, mostrando o comprometimento com os nossos colaboradores. Olhando para o nosso público, 70% estão no primeiro ou segundo emprego, não tiveram uma instrução de base tão sólida, ainda tem certa carência de skill tecnológico, e a gente pode direcioná-los para onde existe maior necessidade no mercado, deixá-los com capital intelectual mais elevado, treinando e certificando nessas soluções. É uma ação profissional e social importante para o médio e longo prazos. Essa universidade corporativa será lançada em outubro, já temos muito conteúdo preparado.

Serviço
www.delfia.tech

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