As empresas brasileiras estão migrando suas implementações SAP para a Nuvem em ritmo acelerado, de acordo com um novo relatório de pesquisa publicado nesta quarta-feira (24/8) pelo Information Services Group (ISG), empresa global de pesquisa em Tecnologia e consultoria.
O relatório ISG Provider Lens SAP Ecosystem 2022 para o Brasil mostra que a maioria das organizações nacionais ainda executa seus aplicativos SAP ERP no local ou em Data Centers de terceiros, mas um número crescente está migrando para a Nuvem. Grandes e médias empresas adotam abordagens diferentes para essa transição.
“A estratégia da SAP de incentivar os clientes a migrarem para a Nuvem está rendendo dividendos no Brasil”, afirmou Bill Huber, sócio do ISG Digital Platforms and Solutions. “Com a ajuda de fornecedores de serviços, muitas empresas conseguem modernizar seus ambientes SAP”, comentou.
A maioria dos clientes SAP no Brasil não está considerando outras soluções de ERP, mas decidindo se deve atualizar para o S/4Hana, usar o programa RISE with SAP ou não atualizar neste momento, diz o relatório.
Muitas grandes empresas resistiram à atualização para a Nuvem por medo da complexidade envolvida, diz o ISG. No entanto, um número crescente de prestadores de serviços oferece ferramentas automatizadas para realizar a transição. As atualizações típicas de ERP para S/4Hana na Nuvem podem levar apenas nove meses usando ferramentas que convertem código e dados legados e identificam aplicativos personalizados que precisam ser alterados, diz o relatório.
A maioria das grandes empresas no Brasil que fazem upgrade optam por implementar o SAP S/4Hana em uma Nuvem pública que já usam, continuando a trabalhar com um fornecedor de Nuvem e parceiros de serviço que conhecem e confiam, diz o relatório. As empresas de médio porte são mais propensas a escolher o programa de transformação, como o serviço RISE with SAP, geralmente por sua simplicidade.
“A SAP pode ser uma boa parceira de serviços de infraestrutura para empresas menores”, disse Jan Erik Aase, parceiro e líder global da ISG Provider Lens Research. “As grandes empresas que já têm parceiros de infraestrutura preferem não adicionar mais um”, completou.
O número de parceiros certificados pela SAP no Brasil caiu de 165 em 2019 para 114 em 2022, porque a SAP está exigindo mais investimentos de parceiros para desenvolver conhecimentos específicos do setor, diz o ISG. Os 40 principais parceiros cresceram em média 22% em 2021, em parte investindo em treinamento e educação.
O relatório também explora outras tendências no ecossistema SAP no Brasil, incluindo preocupações crescentes com a conformidade ambiental, social e de governança (ESG) e o surgimento da SAP Business Technology Platform para integração da SAP com aplicativos nativos de nuvem de clientes e parceiros.
O relatório ISG Provider Lens SAP Ecosystem 2022 para o Brasil avalia os recursos de 40 parceiros em cinco quadrantes: SAP S/4Hana System Transformation – Large Accounts, SAP S/4Hana System Transformation – Midmarket, Managed Application Services for SAP ERP, Managed Platform e Serviços em Nuvem para SAP ERP e SAP Business Technology Platform.
O relatório nomeia Accenture, Capgemini, T-Systems e Wipro como líderes em quatro quadrantes cada. Ele nomeia Atos, Infosys, NTT Data, Softtek e Tech Mahindra como líderes em três quadrantes cada. BCI Consulting, Engineering, essence, IBM, Megawork, Seidor, Stefanini e Tivit são apontados como Líderes em um quadrante cada. Além disso, Engineering, Megawork e Numen são nomeadas como Rising Stars – empresas com um “portfólio promissor” e “alto potencial futuro” pela definição do ISG – em um quadrante cada.
Serviço
www.isg-one.com
Leia nesta edição:
CAPA | TECNOLOGIA
Centros de Dados privados ainda geram bons negócios
TENDÊNCIA
Processadores ganham centralidade com IA
TIC APLICADA
Digitalização do canteiro de obras
Esta você só vai ler na versão digital
TECNOLOGIA
A tecnologia RFID está madura, mas há espaço para crescimento
Baixe o nosso aplicativo