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5G vai ampliar operações bancárias via mobile e esvaziar agências”, prevê especialista

Luiz Fernando Maluf, especialista em tecnologia para serviços bancários, destaca tendências futuras de tecnologias para o sistema bancário, que incluem a nuvem computacional

5G vai ampliar operações bancárias via mobile e esvaziar agências”, prevê especialista

A tecnologia 5G vai levar as operações bancárias para os dispositivos móveis e elas serão cada vez mais seguras. Essa é a constatação de Luiz Fernando Maluf, especialista em tecnologia em Nuvem para o mercado financeiro da dataRain, empresa brasileira parceira da Amazon Web Services (AWS), que participa da Febraban Tech, evento de tecnologia e inovação do setor financeiro que termina hoje em São Paulo.

Maluf explica as vantagens do 5G para o setor, como a largura da banda, que é 100 vezes maior que a atual, com uma latência muito baixa. “Com essas características, é possível usar a Nuvem para implementar IoT em 1 milhão de dispositivos móveis por quilômetro quadrado. Cenário até então considerado impossível com a tecnologia de 4G”, disse. “Desta forma, os bancos podem ampliar suas ofertas de serviços, trazendo para o mobile aplicações, que, até então, rodavam apenas no desktop, homogeneizando os sistemas”.

Segundo o especialista, atualmente 70% das transações bancárias já são feitas por meio de dispositivos móveis. “Há um esvaziamento das agências, gerando também economia para os bancos que deixam de ter custos com estrutura física e podem reduzir as taxas sobre operações, considerado um dos fatores determinantes para a escolha do cliente”, comentou.

Outro fator desta conectividade, conforme observou Maluf, é a segurança e a comodidade. “Ao deixar de se deslocar para uma agência, o consumidor está seguro e consegue realizar suas transações com mais agilidade”, disse.

Digital onboarding

Para o especialista, outro mercado que deve crescer no setor é o de digital onboarding, com aplicações usadas na confirmação de dados e identidade, usando recursos como reconhecimento facial e outras tecnologias. “Com as operações cada vez mais voltadas para o mobile, os bancos terão que investir cada vez mais em segurança e os serviços de digital onboarding serão fundamentais. Estes também terão como base a Nuvem computacional, altamente beneficiada pelo 5G”, observou.

Ao participar da Febraban Tech, Maluf destacou a evolução da tecnologia nos últimos dois anos e celebra o retorno dos eventos presenciais. “A pandemia acelerou muito a tecnologia, principalmente no setor bancário, que hoje se aprimora para dar andamento ao que começou em 2020. Em eventos como este, podemos constatar isso e ver o quanto as fintechs e open techs estão crescendo e de que forma os bancos tradicionais estão se modernizando para entrarem nesta concorrência”, finalizou.

Números do setor

Segundo estudo realizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) o número de fintechs na América Latina chegou a 2.482 no final de 2021, o que representa um crescimento de 112% desde 2018, quando haviam 1.166. A alta foi puxada pelo Brasil, que detém 31% delas.

De acordo com estudo recente da ACI Worldwide, o Brasil é o quarto país do mundo em termos de pagamentos em tempo real, como o PIX, com 8,7 bilhões de transações em 2021, atrás apenas da Tailândia, China e da líder Índia.

A expectativa é que esse tipo de transação atinja 82,4 bilhões anuais em 2026, podendo gerar uma produção econômica adicional de US$ 37,6 bilhões (equivalente a 2,08% do PIB previsto para o país). Entre todos os países analisados, o Brasil deverá ter o maior crescimento em transações em tempo real entre 2021 e 2026.

O número de operações realizadas via Pix superou pela primeira vez cartões de crédito e débito, no quarto trimestre de 2021. São mais de 400 milhões de chaves cadastradas no País.

Serviço
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