O mercado de trabalho no setor de tecnologia continua em alta, apresentando rápida recuperação após os impactos da pandemia. Em 2021, o número de vagas abertas aumentou 136% em comparação com o ano anterior, sendo que mais de 90% são para trabalho remoto. Já as contratações efetivadas tiveram um acréscimo de 182%. Os dados são de um levantamento feito pela GeekHunter, startup de recrutamento especializada na contratação de pessoas desenvolvedoras de software e cientistas de dados.
O resultado demonstra que o segmento é o que mais vem se recuperando e gerando empregos. Com os avanços na digitalização das companhias, a estimativa é que só na base da GeekHunter, 15 mil novas vagas sejam abertas ao longo de 2022. “Hoje, empresas tradicionais e diversas áreas como marketing e vendas, cujo core business não é o de tecnologia, ampliaram suas demandas e também enxergam a necessidade de ter desenvolvedores em suas equipes para suportar sua Transformação Digital. Ou seja, os profissionais de TI que antes eram praticamente restritos a empresas de tecnologia, passaram a ser ainda mais buscados por outros setores, criando ainda mais demanda”, afirma Tomás Ferrari, CEO e fundador da GeekHunter.
Apesar do grande número de oportunidades, o mercado enfrenta a escassez de mão de obra, o que reflete na alta da média salarial dos profissionais de tecnologia. As pessoas desenvolvedoras especializadas em Back-end tiveram o maior aumento na média mensal em 2021, que foi de 10,03%, com salários que passam dos R$ 7,7 mil. Full Stack vem em seguida, com aumento de 8,67%, Mobile com 5,58%, ciência de dados com 3,25% e Front-end 2,83%. Os salários que já registram maior alta em 2022 são para os profissionais mobile. A média salarial passou de R$ 7,5 mil em 2021 para R$ 10,1 mil nos primeiros meses deste ano, uma alta de quase 34%.
Vagas remotas e demanda por inglês
A pesquisa apontou que mais de 90% das oportunidades abertas em 2021 foram para trabalho remoto. Em 2019, a média de vagas que aceitavam home office era de apenas 25%. Outro levantamento feito pela GeekHunter com mais de 700 profissionais, mostrou que 55% deles pediriam demissão caso a empresa não mantivesse a modalidade a distância, adotado em grande escala com a pandemia.
“O trabalho remoto já não é uma questão de escolha das empresas, é uma escolha dos candidatos. Se a empresa não se adapta a esse novo cenário, ela eleva o seu desafio de atrair grandes talentos e fica limitada a um pequeno público que está disponível para vagas presenciais. O modelo remoto também amplia as chances de encontrar bons profissionais independentemente do local de atuação”, diz o CEO.
Com a possibilidade de trabalhar remotamente, a GeekHunter também observou uma crescente demanda por pessoas com domínio de inglês, níveis intermediário e fluente. “Com o home office, as oportunidades para trabalhar no exterior também se ampliaram e, por isso, o inglês é algo fundamental”, destaca.
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