Uma das maiores preocupações ou alvo de esforços dos varejistas brasileiros é a questão do armazenamento, no entanto, o setor ainda não explora tudo que a tecnologia oferece para apoiar esta frente. Isso é o que aponta o Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) de Logística, pesquisa encomendada pela Totvs, fornecedora de softwares empresariais, e conduzida pela H2R Pesquisas Avançadas.
Analisando o recorte de varejistas do estudo, que correspondem a 36% dos embarcadores entrevistados, nota-se que 92% possuem um setor voltado à gestão de armazenagem, no entanto apenas 38% possuem um sistema de gestão para essa área da empresa. Por outro lado, o segmento já apresenta um melhor uso de dispositivos móveis na operação (51%) e de sistemas de código de barras/RFID/Beacon (48%), este último inclusive superior à média dos demais embarcadores.
Outro ponto de atenção revelado pela pesquisa é a baixa adoção pelos varejistas de tecnologias voltadas à gestão de transporte: apenas 20% dos entrevistados possuem sistema de gestão de transporte (TMS), apesar de 76% das empresas entrevistadas possuírem um setor específico para essa área.
Além disso, a pesquisa também mostrou que os varejistas já adotam soluções voltadas para otimização e roteirização logística (44%) e integração de rastreamento (39%), ainda que ambos os resultados estejam abaixo da média dos embarcadores entrevistados – 70% e 47%, respectivamente.
“A intralogística dos varejistas ainda é um tema que demanda atenção, uma vez que o pedido é feito e precisa ser direcionado para o transporte o quanto antes para chegar a um cliente que requer cada vez mais agilidade. A aplicação de tecnologias capazes de gerir o estoque, modernizá-lo e, consequentemente, aumentar a produtividade é fundamental”, afirma Elói Assis, diretor executivo de Varejo da Totvs.
Quando questionados sobre os investimentos futuros para os próximos dois anos, destacam-se as soluções de gestão de custo logístico (36%), sistema checklist e gestão de armazenagem (ambos com 35%), as ferramentas de tracking/previsão de entrega (31%) e sistemas de coleta e entrega de mercadorias (30%). “São intenções que acompanham a necessidade do setor, uma vez que a maior parte dos varejistas são B2C, ou seja, se relacionam diretamente com o consumidor final e precisam oferecer a melhor experiência de compra possível e atingir um alto nível de satisfação entre esses”, reforça o executivo.
O Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) de Logística avalia o grau de aplicação e aproveitamento tecnológico tanto de prestadores de serviços logísticos, quanto de embarcadores – divididos entre indústrias, varejo, agronegócio e distribuidores. A pesquisa ouviu 740 empresas nacionais e multinacionais, com faturamento igual ou superior a R$ 5 milhões.
Serviço
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