Em 2012, o Metaverso (antigo Facebook), criou o GraphQL, linguagem de consulta que revolucionou o mundo e o mercado de Tecnologia da Informação (TI), sendo uma das mais referenciadas e utilizadas atualmente. Ela nasceu como uma forma de substituir o REST, modelo convencional de arquitetura de desenvolvimento criado na década de 1990.
Para contextualizar, linguagem de consulta (query language) é, de acordo com o programador e tech influencer Bendev Junior, “usada para realizar uma consulta em um banco de dados e sistemas. A semântica da consulta é definida de uma forma diferente da padrão, não de uma maneira formal, mas de como você quer obter o resultado”, explica.
O GraphQL visa tornar as APIs (sigla para “Application Programming Interface”, ou “Interface de Programação de Aplicativos”, em português) mais intuitivas e flexíveis para os desenvolvedores, especialmente em relação à gestão de dados entre front e backend. O programador esclarece que as APIs “são formas de integrar sistemas, com benefícios como segurança que basicamente faz o “câmbio” de informações”.
Em resumo, a linguagem de consulta desenvolvida pelo Meta fornece leitura compreensível e completa de dados dentro de uma determinada API. A grande diferença do GraphQL para as demais linguagens está, de acordo com Bendev, “no modo de utilização, pois a maneira como ela trabalha facilita o manuseio de informações. Como é uma linguagem de consulta, possibilita pegar informações de uma base de dados de uma maneira fluida”, pontua.
O tech influencer afirma que o Meta usa o GraphQL como linguagem de backend para pegar dados como curtidas, comentários, assim como quem realizou tais ações. Ele explica que se fosse em um método REST API, o processo seria um pouco mais complexo. Porém, com a facilidade do GraphQL, isso se tornou mais leve, evitando, assim, que uma aplicação fique pesada ou demorada.
É importante mencionar que a linguagem de consulta desenvolvida pelo Metaverso, muito adotada no contexto de tecnologias da web, opera de forma dinâmica em qualquer sistema onde um usuário se comunica com uma API. Ela não se limita ao framework, e atualmente é utilizada na produção de diversas tecnologias de referência, como Twitter e Spotify.
Ainda que o GraphQL tenha sido criado como uma forma de substituir o REST, Bendev Junior afirma que as linguagens de programação têm o seu espaço no mercado de TI, e nunca vão acabar, já que ainda não existe uma que consiga resolver todos os problemas existentes. “Por esse motivo o REST nem o GraphQL irão deixar de ser usáveis. No caso específico do GraphQL, ele veio para resolver um problema de manipulação de dados, o qual era muito comum, mas existem aplicações usuárias de micro-serviços que usam ambas”, finaliza.
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