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Entenda o que são NFTs e seus principais riscos cibernéticos

Entre os meses de janeiro e setembro de 2021, os NFTs movimentaram US$ 13,2 bilhões. Conheça a nova modalidade de crimes cibernéticos em ascensão

Entenda o que são NFTs e seus principais riscos cibernéticos

Os NFTs são uma verdadeira tendência no mercado de criptomoedas. Trata-se de uma sigla em inglês que significa token não fungível, isto é, uma unidade única de dados, ou token, armazenado em Blockchain que, ao contrário da criptomoeda, não pode ser substituído por outro de mesma espécie, qualidade, quantidade e valor.

O ativo digital que atrai cada vez milhares de investidores pode ser tanto digital, como uma arte gráfica, ou até mesmo física, a exemplo de um quadro. Obras de artes, músicas, itens de jogos, fotos, vídeos e memes são transformados em NFTs, desde que tenham um certificado de propriedade e sejam considerados exclusivos.

Devemos nos atentar onde armazenamos nossos ativos digitais e em quais mercados os utilizamos 

Segundo um levantamento da DappRadar, startup de análise cripto, somente entre os meses de janeiro e setembro de 2021, os NFTs movimentaram US$ 13,2 bilhões. Diante desta crescente, os tokens não fungíveis estão longe de se limitarem a uma área específica e abrangem cada vez mais outros setores da sociedade, atraindo a atenção de cibercriminosos que passaram a roubar, por exemplo, obras de diversos artistas para venda neste novo formato.

“Os tokens não-fungíveis oferecem um mundo totalmente novo em que a negociação de ativos digitais exclusivos pode ser extremamente rentável. No entanto, é necessário analisar as inúmeras questões relacionadas aos riscos cibernéticos dos NFTs”, aponta Andrew Martinez, CEO da HackerSec, empresa referência em cibersegurança no País.

Os NFTs já ativaram o sinal de alerta para o setor de cibersegurança já que o roubo de arte digital através do token é a nova modalidade de crimes cibernéticos. Mas, afinal, quais são os principais riscos cibernéticos? O especialista elencou abaixo os mais comuns e como evitá-los, confira:

 Falta de regulamentação e fiscalização
Como as vendas de NFTs ainda não são regulamentadas pelos órgãos governamentais de cada País, isso dificulta que normas legais direcionem as negociações, vulnerabilizando o consumidor e dificultando a fiscalização. Somente entre julho e setembro de 2021, a DeviantArt, empresa virtual estadunidense que permite a exposição das artes de artistas do mundo inteiro, identificou mais de 11 mil peças de obras furtadas para comercialização no formato de tokens não fungíveis.

“Há plataformas inclusive que não se responsabilizam pela autenticidade dos ativos vendidos por meio dela, nem possuem sistemas de prevenção de fraudes. Isto faz com que haja arrecadação por parte de um cibercriminoso e os verdadeiros artistas deixem de receber pelas suas respectivas obras”, explica Andrew Martinez.

Procedência duvidosa do ativo
Como ainda não há uma regulamentação efetiva do setor para que a prática de compra e venda de NFTs seja realizada com a sua devida veracidade garantida, o especialista indica que, ao adquirir um token não fungível, o artista ou investidor, faça uma boa pesquisa da procedência do ativo. “É possível inclusive verificar antes da compra, se o autor original confirmou se obra se tornou um NFT. Isto evita que alguém seja enganado”, complementa Andrew.

Roubo de ativos e exposição de dados
Como os ativos digitais precisam ser mantidos em uma carteira, seja ela física ou virtual, ou na Exchange, uma corretora de criptoativos presente no ambiente digital, estas podem ser clonadas, roubadas ou até mesmo comprometer as credenciais.

“Devemos nos atentar onde armazenamos nossos ativos digitais e em quais mercados os utilizamos. A proteção dos ativos a partir de sites de exchanges e contas de e-mail associadas com senhas fortes e autenticação de dois fatores, minimiza os riscos. Invista sempre em uma solução de segurança robusta para proteção dos dispositivos usados para manusear fundos, principalmente no caso dos NFTs, que ainda é considerado algo novo no mercado”, conclui o executivo.

 

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