Embora a pandemia de covid-19 continue a ser uma ameaça à recuperação econômica, um forte crescimento mundial está sendo alimentado pela inovação. E o segmento de tecnologia deve ser o grande responsável por impactar todos os setores da economia global, acelerando sua presença entre os consumidores, negócios e também nas questões geopolíticas. É o que analisa a segunda edição do Technology Report, lançado pela Bain & Company.
A edição deste ano do relatório aponta três temas fundamentais, que devem permear o papel da tecnologia na sociedade de maneira geral. O primeiro ponto leva em consideração a evolução da geração de valor das companhias e dos ativos, pela ótica de crescimento e lucros. O segundo aspecto aborda quais têm sido os principais atores do ambiente competitivo no setor de tecnologia. Já o último aspecto avalia como a inovação tem sido responsável por criar uma série de vantagens nas corporações, tanto em desenvolvimento de talentos quanto nas áreas de negócios, nos processos e em infraestrutura.
“As empresas que mais inovam incentivam o surgimento de ideias dentro de casa, de maneira orgânica, mas também olham para fora com atenção. Essas companhias se conectam com startups e entendem as oportunidades que surgem com a combinação de negócios”, afirma Lívia Moura, sócia da Bain & Company.
O Technology Report também detalha o notável impacto do modelo de computação baseado em Nuvem na indústria de tecnologia nas últimas duas décadas. Ao longo do relatório, a Bain usa sua análise de cenário de tecnologia em Nuvem para se aprofundar em tópicos como modelos de assinatura de software como serviço (SaaS), Inteligência Artificial e adoção de Nuvem híbrida.
Outras seções do relatório exploram alguns dos desafios crescentes da indústria de tecnologia, incluindo a competição pelos melhores talentos em tecnologia e a interrupção da cadeia de suprimentos. O estudo aponta especialmente o impacto da crise de microprocessadores. Embora tenha havido um intenso foco na escassez de semicondutores neste ano, com implicações ainda maiores para o futuro do silício, uma transformação fundamental ganhou impulso: o aumento da demanda por processadores especializados.
De acordo com o documento, alimentada pelos ambientes de computação de hoje, essa demanda em rápido crescimento em processadores especializados está mudando um equilíbrio entre o silício de uso especial e de uso geral que existe há décadas.
Os chips para fins especiais, conhecidos como circuitos integrados específicos para aplicativos (ASICs, na sigla em inglês), historicamente ocuparam um segmento importante de mercado, embora menor, quando comparado com os chips para fins gerais. No entanto, à medida que os grandes provedores de serviços de Nuvem (CSPs, na sigla em inglês) continuam a projetar mais processadores personalizados internamente, a demanda por silício especializado aumentou e obscureceu a dinâmica de longa data entre os processadores de uso especial e geral.
No entanto, apesar do crescimento dos provedores de ASIC e da explosão de financiamento de risco em fornecedores especializados de silício, essa mudança no equilíbrio não significa o fim do chip de uso geral. Enquanto os processadores para fins especiais permanecem difíceis de programar, a flexibilidade do modelo para uso geral permite que seja desejável na maioria dos casos de uso.
Essa mudança de equilíbrio, no entanto, abre uma oportunidade para as empresas em todo o ecossistema de semicondutores prosperarem, se elas puderem se comprometer a ser ágeis e adaptáveis nesse cenário em mudança.
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