A cada passo que é dado para a chegada do 5G no Brasil, a promessa de um avanço expressivo para a popularização da IoT (Internet of Things) vai se tornando mais certo. Mas o fato é que existe uma arquitetura computacional que tem ajudado a revolucionar ainda mais a tão conhecida Internet das Coisas: o Edge Computing.
De acordo com o especialista e supervisor de vendas corporativas da Fibracem, indústria brasileira especializada no setor de comunicação óptica, Adriano Rodrigues Fraga, este sistema permite que o processamento das informações aconteça nas bordas, ou seja, mais próximo onde as informações são coletadas e utilizadas, permitindo que, ao fazer uso da Internet das Coisas, a coleta, o processamento e o armazenamento dessas informações sejam ainda mais rápidos.
Para ele, esta tecnologia é vista com mais frequência em ambientes fabris, onde atualmente a IoT se faz mais presente graças a quantidade de dispositivos que possuem interfaces de conectividade com a Internet e que necessitam de um tempo de resposta reduzido para exercer suas tarefas.
“Esses dispositivos de IoT, conectados à grande rede, associados a softwares de gestão empresarial (ERP) e de manufatura (MES), entre outros, juntos a outras tecnologias disruptivas, como a Inteligência Artificial, Big-Data, Machine Learning, etc., que são a base da Indústria 4.0, são evidenciados nos coletores de dados, antenas de RFID e WIFI, Interfaces CLP, HMI (Interfaces Homem Máquina), sensores e atuadores diversos, robôs, display de luzes, teclados, dispositivos pick-to-light, sensores de inspeção de produtos acabados, além de muitos outros”, exemplifica.
Assim como no ambiente industrial, a IoT também tem sido aplicada nos ambientes de escritório das corporações. Em função disso, a descentralização do processamento das informações visando a baixa latência, tem sido cada vez mais utilizada, através do Edge Computing. Segundo o especialista, pode-se constatar o uso desta tecnologia em várias situações, principalmente nos dispositivos conectados e associados à sistemas de gestão de ambientes, automação e de gestão empresarial, facilitando o dia a dia nas empresas.
“Geralmente percebemos em aplicações como controle de luminosidade, gestão de condicionadores de ar, controle de acesso (cancelas de estacionamento, portaria e ambientes específicos), relógio ponto (REP), conectividade de celulares através de Access Points WIFI, mas também em coletores de dados, sistemas de gerenciamento predial (geradores, schillers, sistemas de energia ininterrupta) e sistemas integrados de CFTV”, afirma.
Segundo Fraga, a grande facilidade de implementação de uma arquitetura de Edge Computing, reside principalmente, na não necessidade de uma infraestrutura robusta, que se faz necessária para a construção de um Data Center convencional.
“É necessária apenas a instalação de um Data Center modular, com dimensões reduzidas, dimensionado para atender uma demanda específica de um segmento do ambiente corporativo, como por exemplo, atender aplicações relacionadas à Indústria 4.0. Muitas vezes, um único rack integrado, com uma solução de energia ininterrupta (UPS), climatização, controle de acesso, CFTV, monitoramento e, preferencialmente, provido de um sistema individual de detecção e combate a incêndio, próximo ao local onde os dados serão demandados, será o suficiente para atender esta necessidade. Graças a sua modularidade, esta estrutura poderá crescer, de acordo com o aumento das demandas de processamento ou armazenamento local dessas aplicações”, finaliza.
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