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Vendas globais de chromebooks e tablets recuam, afirma IDC

As vendas de chromebooks despencaram 29,8 % ano a ano no terceiro trimestre de 2021, enquanto as remessas de tablets registraram uma queda de 9,4%

Vendas globais de chromebooks e tablets recuam, afirma IDC

Após cinco trimestres de crescimento impulsionado pela compra acelerada para trabalho e aprendizagem remotos, as remessas globais de chromebooks e tablets registraram seu primeiro declínio desde o início da pandemia em 2020. As vendas de chromebooks recuaram 29,8 % ano a ano no terceiro trimestre de 2021 (3T21), com volumes caindo para 6,5 ​​milhões de unidades, enquanto as remessas de tablets registraram uma queda de 9,4% ano a ano, caindo para 42,3 milhões de unidades, de acordo com dados preliminares da IDC.

A flexibilização das restrições em muitas áreas geográficas levou ao aumento dos gastos em outras categorias, o que enfraqueceu a demanda de chromebooks e tablets. O declínio também decorre da comparação com um forte terceiro trimestre em 2020, quando as remessas de dispositivos ao consumidor atingiram o pico.

Embora a redução da demanda seja a principal culpada pelos declínios nessas categorias, a oferta limitada também foi um fator importante

“Muitas escolas e governos estouraram seus orçamentos para fornecer dispositivos para aprendizagem remota e até mesmo consumidores compraram dispositivos agressivamente para aprendizagem em 2020. Como resultado, alguma saturação no mercado de educação é esperada no curto prazo”, disse Anuroopa Nataraj, pesquisador sênior da IDC. “Isso afeta diretamente os chromebooks e até mesmo os tablets até certo ponto, especialmente em mercados desenvolvidos, como os EUA e a Europa Ocidental, devido aos altos volumes nos trimestres anteriores. No entanto, os chromebooks continuam a aumentar sua presença em mercados emergentes, como a Ásia/Pacífico (excluindo Japão e China), América Latina e Oriente Médio e África, mas as vendas nessas regiões representam menos de 13% do volume geral do chromebook e, portanto, estão longe de movimentar o mercado global”, explicou.

As vendas de tablets cresceram no ano passado devido a muitos fatores, incluindo sua versatilidade, escassez de componentes no lado do PC e um preço de venda comparativamente mais baixo. Apesar da desaceleração da demanda, espera-se que o uso comercial de tablets em verticais como logística, saúde e serviços bancários persista, visto que a pandemia mudou a maneira como muitas dessas empresas conduzem as operações do dia a dia.

Desempenho

“Embora a redução da demanda seja a principal culpada pelos declínios nessas categorias, a oferta limitada também foi um fator importante”, disse Jitesh Ubrani, gerente de Pesquisa para Mobilidade e Rastreadores de Dispositivos do Consumidor da IDC. “A combinação desses dois fatores provavelmente criará oportunidades para os fabricantes de PCs, já que os componentes compartilhados, a capacidade de produção e a disponibilidade de frete podem ser transferidos para outras categorias, como notebooks com Windows ou talvez PCs para jogos, que continuam tendo maior demanda e maior lucratividade”, observou.

No ranking do 3T21 na categoria chromebook, a Lenovo ficou com a primeira colocação, com vendas de 1,5 milhão de unidades, uma queda de 10% ante os 1,7 milhão comercializados no mesmo período de 2020. Na segunda posição ficou o Grupo Acer, com 1,4 milhão de chromebooks vendidos, um recuo de 14,6%. Na terceira colocação aparece a Dell Technologies, com remessas de 1,2 milhão de unidades, uma queda de 5,7%.

No segmento de tablets, a Apple somou 14,7 milhões de unidades vendidas no 3T21, um crescimento de 4,6% sobre o mesmo período de 2020 (14 milhões). A Samsung aparece na segunda colocação, com 7,5 milhões de tablets vendidos, um recuo de 11,1% no período. A terceira posição ficou com a Amazon.com, com 4,7 milhões de unidades comercializadas, uma queda de 13,3%.

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