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Intel cria programa que irá ensinar IA para 30 milhões de estudantes até 2030

O Intel AI For Youth capacita os jovens a criarem seus próprios projetos de impacto, adquirindo habilidades em ciência de dados, visão computacional, codificação, e no entendimento da construção de soluções de IA

Intel cria programa que irá ensinar IA para 30 milhões de estudantes até 2030

As tecnologias de Inteligência Artificial (IA) acrescentarão 15 trilhões de dólares à economia global até 2030, de acordo com a pesquisa do McKinsey Global Institute. A democratização da IA está aumentando a demanda por profissionais, porém, ainda existe uma grande escassez de talentos da área. Pensando nisso, a Intel criou o programa “AI For Youth” que tem como meta levar o ensino de IA para 30 milhões de estudantes em 30 países diferentes até o final dessa década.

O programa foi criado em parcerias com governos de todo o mundo, tendo como meta qualificar os jovens com habilidades IA de forma inclusiva. O Intel AI For Youth capacita os jovens a criarem seus próprios projetos de impacto, adquirindo habilidades em ciência de dados, visão computacional, codificação, e no entendimento da construção de soluções de IA.

O Intel AI For Youth inclui visão por computador e processamento de linguagem natural, mas também tem foco na solução de problemas, ciência social, pensamento crítico e desenvolvimento de soluções  

“O programa teve início em 2019 e hoje já atua em mais de 15 países. O Intel AI For Youth inclui visão por computador e processamento de linguagem natural, mas também tem foco na solução de problemas, ciência social, pensamento crítico e desenvolvimento de soluções. O uso da IA de forma ética e seu impacto social também é ensinado no programa.” Explica o diretor de Políticas Públicas da Intel Brasil, Emilio Loures.

Loures conta que ao final do curso, espera-se que os estudantes tenham uma ampla gama de habilidades tecnológicas e sociais relacionadas à IA que possam ser aplicadas a questões sociais da vida real. Um exemplo aconteceu na Índia, onde o estudante Rahul Jaikrishna, de apenas 14 anos, desenvolveu o Cyber Detective – um modelo baseado em IA que detecta cyberbullying com uma precisão de até 80%.
Jaikrishna criou o modelo no programa após notar que as ‘páginas de confissão’ criadas pelos estudantes – sites e páginas de mídia social onde os jovens postam confissões e relatos pessoas – muitas vezes faziam dos adolescentes alvos do bullying.

“O Intel AI For Youth possui a inclusão em sua essência. Programas como esse ajudam a modelar a força de trabalho do futuro e precisam refletir sobre como podem impactar para que a nova geração seja inovadora e criativa, inclusiva e empática ao trabalho em equipes de grande diversidade. O grande objetivo do Intel AI For Youth é mostrar que a inovação e a diversidade andam lado a lado e desmistificar a tecnologia para garantir que as pessoas confiem nela. Sem isso, tudo desmorona” afirma o Diretor de Políticas Públicas da Intel Brasil.

O mercado precisa de mais humanos em IA
O mercado de Inteligência Artificial global deve crescer cerca de 20% anualmente até 2024, o que gerará um aumento de 22,4% de vagas voltadas para profissionais de IA até 2029, segundo pesquisa do Departamento para o Desenvolvimento Econômico e da Força de Trabalho do MCCCD.

Para se ter uma ideia, o levantamento anual do LinkedIn que fala sobre os empregos do futuro intitulado “The Jobs of Tomorrow: LinkedIn’s 2020 Emerging Jobs Report” apontou a profissão como a número 1 de mais emergente no mundo.

Quando olhamos para o Brasil, um levantamento realizado pela unidade de inteligência, estudos e pesquisas da Softex, aponta que o déficit de profissionais de TI no país deverá superar a casa dos 408 mil em 2022. E segundo o estudo AI Vibrancy realizado pela Universidade de Stanford, o Brasil é o país que mais contrata profissionais de IA no mundo atualmente, o que mostra a necessidade e tendência de o país priorizar, cada vez mais, o ensino e capacitação da tecnologia no país.

Uma economia impulsionada pela IA requer uma nova abordagem da educação, incluindo formas de capacitar grandes públicos não técnicos com habilidades sociais e técnicas de IA para aplicações no mundo real. A falta de habilidades AI é reconhecida como a maior barreira para a adoção mais ampla da tecnologia, e é por isso que os governos e sistemas educacionais estão procurando modelos programáticos para lidar com a escassez de profissionais da área. Além de competências avançadas em estatística, matemática, programação e outras habilidades técnicas, é preciso que o profissional tenha tanto interpretação acurada para a leitura e programação dos dados, como conhecimento de negócio.

As organizações devem priorizar a aquisição e o cultivo de talentos – tanto recrutando indivíduos com fortes conhecimentos técnicos quanto investindo em habilidades e programas de treinamento.

“Assim como a Intel, fomentar o conhecimento e a democratização de IA no mercado precisa ser uma das prioridades de todas as empresas de tecnologia, bem como precisa estar na lista dos governos. Aos jovens profissionais e estudantes interessados nessa área, existe um potencial inexplorado em IA quase infinito, mas precisamos de humanos para garimpá-lo” conclui Loures.

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