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Investimentos em segurança continuam crescendo na AL, afirma IDC

os participantes do evento online IDC Digital Forum IT Security debateram a necessidade de mudanças no ecossistema de segurança dos negócios

Investimentos em segurança continuam crescendo na AL, afirma IDC

Na medida em que as organizações aceleram suas estratégias de transformação digital, cresce também a necessidade de mudanças no ecossistema de segurança dos negócios. Hoje, mais do que nunca, é primordial avaliar áreas como Nuvem, mobilidade, privacidade e gerenciamento de riscos e incorporar uma estratégia de cibersegurança integrada, com soluções de segurança, monitoramento de ataques, gerenciamento de riscos e IoT em ambientes Multicloud. Esse foi o tema do IDC Digital Forum IT Security, evento online promovido pela IDC Brasil na quinta-feira (7/10), e que contou com a participação da McAfee, NetSafe, IT-One / Dell Technologies, Check Point, BMC e Ingram Micro/Microsoft.

Quanto aos serviços de segurança para identificar riscos e ameaças, eles estão se tornando mais populares e contribuindo para maior previsibilidade no enfrentamento de ataques cibernéticos, devendo seguir nesse ritmo

Nessa nova realidade, a responsabilidade com a segurança também deve ser assumida por todos. Cloud, LGPD e o risco cibernético não são assuntos apenas de TI e, segundo a IDC, programas de confiança precisam evoluir e incorporar metas baseadas em valores como ética e responsabilidade social corporativa. “A confiança é mais do que apenas mitigar danos. É também maximizar lucros, gerando um impacto diferenciado nas receitas, racionalização de despesas e geração de valor”, disse Luciano Ramos, gerente de Pesquisas e Consultoria de Enterprise da IDC Brasil.

Future of Trust 

No caminho de uma abordagem cada vez mais orientada aos pilares de risco, segurança, conformidade, responsabilidade social e privacidade, estratégia que a IDC chama de “Future of Trust”, 44% das empresas da América Latina ouvidas pela consultoria ampliaram seus investimentos em segurança em 2021, 40% estão considerando aumentar seu consumo de serviços na Nuvem e 33% avaliam documentar os procedimentos sobre os dados confidenciais. Já 39% das organizações reconhecem que estão cada vez mais expostas a ataques sofisticados, 30% estão focadas na implementação de ferramentas para gestão de privacidade de dados, e 29% consideram seu legado de TI inibidor para a adoção mais rápida de um programa de confiança digital.

“As empresas reconhecem que precisam evoluir suas práticas de segurança, haja vista a proximidade dos ataques de ransonware do nosso dia a dia”, analisa Ramos. Segundo a IDC, o Future of Trust também exige mudança na jornada em relação à Nuvem. “As responsabilidades de segurança devem ser compartilhadas entre o cliente e o provedor”, reforçou o gerente da IDC Brasil, lembrando que 32% das empresas ainda não têm clareza sobre como cloud pode impactar a sua postura de segurança.

Sobre o futuro do trabalho e da educação a distância, a IDC avalia que a continuidade do modelo implicará na adoção de soluções de acesso seguro definidas por software. “Cerca de 51% das organizações no Brasil e na América Latina consideram que garantir serviços e experiências digitais confiáveis é significativamente mais importante para os próximos 5 anos”, disse Ramos.

A infraestrutura digital também deverá ser adequada. Segundo a IDC, na medida em que as empresas aumentam a adoção de serviços na Nuvem para respaldar suas iniciativas de digitalização, será preciso considerar diferentes modelos de consumo para as soluções de segurança, incluindo serviços de MDR, IR, Threat Intelligence e Threat Hunting. A estimativa é que Cloud Security já superará 24% do total de gastos com soluções de segurança ainda em 2021.

A LGPD também continua na pauta, e sua aplicação trará mais preocupações para as organizações, visto que cerca de 76% delas estão movendo dados confidenciais para a Nuvem, considerando também as aplicações de negócio em SaaS. Ramos afirma que há uma lacuna importante nesse sentido, já que mais de 68% das empresas brasileiras ainda estão em processo de adequação à lei.

Tendências em segurança

Com base em seus estudos e pesquisas, a IDC destaca três tendências: o avanço de Cloud Security, a ênfase na proteção de dados e workloads e a inteligência embarcada nas soluções de segurança. “A Nuvem continua sendo o grande habilitador das transformações nos negócios e espera-se que, até 2023, 35% das soluções de segurança no Brasil já sejam cloud-enabled”, afirma o gerente da IDC. No Brasil, as soluções de segurança baseadas em software também avançarão mais rapidamente que outras, mostrando crescimento composto (CAGR) próximo a 14% até 2024.

Ramos explica que a proteção de perímetro ainda é um fundamento importante, mas cederá espaço para a evolução de soluções que olham mais atentamente para dados (em movimento ou em repouso) e cargas de trabalho nos diferentes tipos de ambientes da TI de forma integrada. “Além disso, as empresas buscarão ferramentas para a gestão da privacidade de dados e adequação à LGPD, e os ataques de ransonware também exigirão maiores investimentos em educação e conscientização, além de maior atenção para as soluções de proteção e recuperação de dados”, completa.

Quanto aos serviços de segurança para identificar riscos e ameaças, eles estão se tornando mais populares e contribuindo para maior previsibilidade no enfrentamento de ataques cibernéticos, devendo seguir nesse ritmo. Estima-se que cerca de 37% das empresas da América Latina que consomem serviços de segurança investirão em Threat Intelligence nos próximos períodos.

Serviço
www.idc.com

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