O avanço da digitalização após a pandemia refletiu na mudança sobre como as empresas passaram a se relacionar com o consumidor, criando, inclusive, novos hábitos. Esse cenário também intensificou comportamentos que exigiram mais agilidade para manter a competitividade, afinal, com o isolamento social, o imediatismo se tornou uma condição indispensável para a aquisição de produtos e serviços.
Por um lado, podemos dizer que essa transformação alavancou as operações. Projetos saíram do papel e muitas empresas precisaram se reinventar. Mas há também outro cenário impactado por toda essa evolução, que são os ajustes necessários para atender a esse novo modelo.
Primeiro vimos o avanço da digitalização desequilibrar o mercado em relação à demanda por desenvolvedores. Não há mão de obra suficiente para atender ao volume de projetos que foram criados nesse mercado mais digital. Somado a esse problema, quando pensamos em agilidade, logo associamos esse requisito às startups como a salvação para a aceleração dos processos de negócios. Mas a estrutura para comportar diferentes profissionais de desenvolvimento e que atendem às necessidades de projetos de mobilidade, front-end, back-end e infraestrutura, por exemplo, torna-se um investimento custoso, ou seja, acessar esse modelo passa a não ser tão vantajoso.
Neste quesito, uma saída é utilizar o low-code no desenvolvimento, que substitui a necessidade de inúmeros programadores em diferentes linguagens utilizando um único código, tornando-se mais rápido e com custo acessível para a sustentação e a atualização de novos desenvolvimentos sistêmicos. O Gartner já prevê que o mercado mundial de desenvolvimento de software low-code deve movimentar, somente em 2021, aproximadamente US$ 13,8 bilhões. Isso representa um aumento de 22,6% em relação ao ano passado, que somou cerca de US$ 11,2 bilhões.
Mas não é somente o problema de desenvolvimento a ser resolvido. Com a avalanche digital, a aceleração nos negócios inviabilizou a integração de tantos novos sistemas. Diferentes aplicações e startups transformaram o ambiente de TI das empresas numa verdadeira colcha de retalhos. Exemplos como a descentralização de cadastros, por exemplo, tornando um cliente em vários, assim como o nascimento de inúmeros marketplaces, com diferentes localizações, tributações, logística e pagamento, vão onerar as empresas pela falta de integração e, de certo, isso pesará no bolso de alguém, seja da organização ou do consumidor.
A integração de sistemas também pode ser resolvida com o low-code, que permite criar interfaces conectadas, sendo possível obter uma comunicação padronizada, simplificada e que traga controles e validações às diferentes regras de negócios.
Lembrando que empresas com ferramentas robustas para planejamento, desenvolvimento, colaboração, integração e entrega contínua são 65% mais inovadores, de acordo com uma pesquisa realizada pela Mckinsey, e a competitividade no mercado se resume a isso. O alerta para essa adequação já foi dado e esperar pode ser um convite ao fracasso de uma operação.
Por Carlos Kazuo Tomomitsu, CEO e mentor da KeepTrue.
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