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Tecnologia melhora qualidade de vida de pacientes com Parkinson

Nova tecnologia ajuda a melhorar o controle dos sintomas da doença, como tremores, rigidez e movimentos involuntários, permitindo maior precisão na avaliação feita pela profissional de saúde

Tecnologia melhora qualidade de vida de pacientes com Parkinson

A Doença de Parkinson não tem cura, mas tecnologias como essa, que acaba de ser lançada no Brasil, deve revolucionar a forma de manejo desta doença, proporcionado maior autonomia e qualidade de vida para o paciente. O dispositivo de neuromodulação Percept não só é capaz de controlar o tremor, um dos sintomas debilitantes da Doença de Parkinson, como vem com um sistema de monitoração contínua, capaz de captar os sinais cerebrais do paciente 24 horas por dia. Com isso, o médico pode acompanhar de forma precisa os sintomas da doença, analisando os resultados e adequando a terapia sem a necessidade de recorrer somente à avaliação clínica ou relatos de impressões pessoais de pacientes ou cuidadores.

Chamada de DBS (do inglês, Deep Brain Stimulation), a terapia usa um dispositivo médico implantado cirurgicamente, semelhante a um marca-passo cardíaco, para fornecer estimulação elétrica a áreas precisamente direcionadas do cérebro e atua como tratamento adjuvante para vários distúrbios neurológicos, além de Parkinson.

A tecnologia simplifica a forma de manejo da doença, auxiliando o médico com dados mais precisos que interferem na sua melhor decisão, e consequentemente, há mais ganhos para a saúde e qualidade de vida do paciente, que pode retomar as atividades diárias, o que também se traduz em maior autoestima e independência.

“Assim como toda doença crônica, o Parkinson requer atendimento multidimensional que também inclui o uso de medicamentos e outras medidas de reabilitação. A neuroestimulação é recomendada quando o paciente já passou pelo tratamento farmacológico e não se adaptou aos efeitos adversos ou começou a apresentar resistência”, esclarece o Dr. Manoel Jacobsen, professor e diretor da Divisão de Neurocirurgia Funcional do Instituto de Psiquiatria no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP),

Segundo o neurocirurgião Dr. Murilo Marinho, especialista em Distúrbio do Movimento pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), a cirurgia funcional é a subdivisão da neurocirurgia que mais cresce no mundo e, felizmente, está disponível no SUS (Sistema Público de Saúde). “Como é um procedimento que reestabelece as funções perdidas, seja do sistema nervoso central ou periférico, e pouca invasiva, a neuroestimulação minimiza riscos inerentes à cirurgia e traz benefícios imediatos para a qualidade de vida do paciente”, comenta.

Para ter acesso aos dados, o médico só precisará instalar um aplicativo. Em tempos de pandemia, a medida é essencial para evitar que o paciente tenha que se deslocar sem necessidade, sem contar que aumenta a adesão ao tratamento, o fato do paciente não ter que se deslocar para consultas. No final, todos os eventos são compartilhados em um “Diário Digital” com a equipe médica, que poderá comparar e identificar tendências e mudanças ao longo do tempo.

Entre outros benefícios do Percept estão o fato do dispositivo permitir ao paciente ser submetido a ressonâncias magnéticas, um dos principais exames de controle da Doença de Parkinson, além disso a nova tecnologia tem maior durabilidade e menor consumo de energia.

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