![Pesquisa nas áreas de IA e saúde são favorecidas pelo supercomputador lançado pela Nvídia](https://midias.inforchannel.com.br/wp-content/uploads/2017/03/ia_conceito-1.jpg)
A Nvidia Enterprise lança oficialmente o Cambridge-1, o supercomputador mais potente do Reino Unido, que permitirá que cientistas e especialistas da área da saúde usem a poderosa combinação de IA e simulação para acelerar a revolução da biologia digital e fortalecer o setor líder de ciências biomédicas do Reino Unido.
Dedicado aos avanços na área da saúde, o Cambridge-1 representa um investimento de US$100 milhões da Nvidia. Alguns dos primeiros projetos realizados com a AstraZeneca, a GSK, a Guy’s and St Thomas’s NHS Foundation Trust, a King’s College London e a Oxford Nanopore foram o estudo aprofundado de doenças cerebrais como a demência, o uso de IA para criar medicamentos e o aumento da precisão na identificação de variações dos genomas humanos que causam distúrbios.
O Cambridge-1 reúne décadas de trabalho da Nvidia em computação acelerada, IA e ciências biomédicas, áreas nas quais o Nvidia Clara e os frameworks de IA são otimizados para unificar todo o sistema para pesquisas de grande escala em apenas um equipamento. Considerado um cluster de supercomputação Nvidia DGX SuperPOD, ele está entre os 50 computadores mais rápidos do mundo e usa energia 100% renovável.
“O Cambridge-1 ajudará pesquisadores líderes de empresas e do meio acadêmico a realizar projetos importantes no supercomputador mais potente do Reino Unido, gerando mais informações sobre doenças e tratamentos em uma escala e uma velocidade inéditas no País. As descobertas feitas com o Cambridge-1 ocorrerão no Reino Unido, mas o impacto será mundial, promovendo pesquisas inovadoras que têm o potencial de melhorar a vida de milhões de pessoas”, afirma Jensen Huang, fundador e CEO da Nvidia.
O Cambridge-1 oferece uma infraestrutura avançada para que as gerações atuais e futuras realizem pesquisas inovadoras no País, destacando o status do Reino Unido de líder mundial em ciências biomédicas, tecnologia e IA.
De acordo com um relatório da Frontier Economics, uma empresa de consultoria econômica, o Cambridge-1 tem o potencial de gerar cerca de £600 milhões (US$831 milhões) nos próximos 10 anos.
AstraZeneca: transformando a descoberta de medicamentos com IA
O modelo de descoberta de medicamentos MegaMolBART está sendo usado na previsão de reações, na otimização molecular e na geração de novas moléculas. Além disso, ele otimizará o processo de desenvolvimento de medicamentos. Ele é baseado no modelo de transformadores MolBART da AstraZeneca e está sendo treinado com o banco de dados de compostos químicos ZINC usando o framework Megatron da Nvidia para realizar o treinamento de grande escala em uma infraestrutura de supercomputação. O modelo será livre e estará disponível para pesquisadores e desenvolvedores no catálogo de softwares do Nvidia NGC.
A Nvidia e a AstraZeneca têm outro projeto com o Cambridge-1 focado no uso de IA na patologia digital. Nessa área, gastam-se muito tempo e dinheiro fazendo anotações em imagens digitalizadas de lâminas com amostras de tecido para gerar novas informações. Com algoritmos de IA não supervisionados treinados com milhares de imagens, é possível eliminar o processo de anotação e identificar possíveis recursos de digitalização que podem ser correlacionados com resposta aos medicamentos.
“O treinamento de algoritmos de IA com imagens de lâminas inteiras é desafiador devido ao tamanho das imagens, entre outros fatores. Graças à colaboração com a Nvidia no Cambridge-1, podemos ampliar nosso trabalho atual e desenvolver novas metodologias que promovam o uso da IA na patologia digital”, declara Lindsay Edwards, vice-presidente de ciência de dados e IA, departamento de doenças respiratórias e imunologia, BioPharmaceuticals R&D da AstraZeneca.
GSK: realizando grandes avanços com parceiros para pacientes
A abordagem de pesquisa e desenvolvimento da GSK é focada em alvos geneticamente validados, que têm uma chance duas vezes maior de se tornar medicamentos e atualmente são responsáveis por mais de 70% do pipeline de pesquisa da empresa. Para maximizar o potencial dessas informações, a GSK criou recursos de última geração relacionados às áreas de genética humana, genômica funcional, Inteligência Artificial e Machine Learning.
“As tecnologias avançadas são fundamentais para a abordagem de P&D da GSK e ajudam a aproveitar o potencial de dados grandes e complexos com modelos preditivos e maior velocidade, precisão e escala. É uma honra ter a oportunidade de colaborar com a Nvidia para cumprir o objetivo de descoberta de medicamentos da GSK e contribuir para o amplo ecossistema de ciências biomédicas do Reino Unido, duas atividades que visam beneficiar os pacientes”, explica o Dr. Kim Branson, vice-presidente sênior e diretor global de IA-ML da GSK.
A colaboração com parceiros na vanguarda da genética, da genômica e da IA/ML pode ajudar a GSK a fazer mais previsões sobre a saúde humana, além de desenvolver medicamentos melhores com uma chance de sucesso duas vezes maior na fase clínica dos ensaios, passando a ser usados em tratamentos aprovados para pacientes. Com o acesso ao Cambridge-1, a GSK terá mais potência computacional e tecnologia de IA de última geração para usar no processo de descoberta de medicamentos.
King’s College London e Guy’s and St Thomas’ NHS Foundation Trust: dados cerebrais sintéticos gerados por IA
A King’s College London e a Guy’s and St Thomas’s NHS Foundation Trust estão usando o Cambridge-1 para ensinar modelos de IA a gerar imagens cerebrais sintéticas, aprendendo com dezenas de milhares de imagens de ressonância magnética de várias idades e doenças. O objetivo final é usar o modelo de dados sintéticos para entender melhor doenças como a demência, o acidente vascular cerebral, o câncer cerebral e a esclerose múltipla, agilizando o diagnóstico e o tratamento.
Como o modelo cerebral sintético de IA consegue gerar um volume infinito de imagens cerebrais únicas com características específicas (idade, doença etc.), ele permitirá uma análise mais detalhada das doenças, possivelmente agilizando o diagnóstico e aumentando a precisão dele.
“Com essa parceria, teremos acesso a uma potência computacional de escala inédita na pesquisa na área da saúde. Fará uma grande diferença para a saúde e o tratamento dos pacientes”, afirma o professor Sebastien Ourselin, diretor da School of Biomedical Engineering & Imaging Sciences da King’s College London.
A pesquisa aproveita vários dos recursos de saúde líderes mundiais do Reino Unido graças a uma forte colaboração com o National Health Service e o UK Biobank, um dos bancos de dados biomédicos mais completos do mundo. A King’s College London pretende compartilhar o modelo de dados sintéticos com a comunidade geral de centros de pesquisa e startups.
“O poder da inteligência artificial na área da saúde ajudará a acelerar o diagnóstico dos pacientes, melhorar serviços como a detecção precoce do câncer de mama e aprimorar a forma como avaliamos o risco e priorizamos os pacientes de acordo com a necessidade clínica. É muito animador poder usar o data center Cambridge-1, pois com ele estaremos entre os primeiros a aproveitar os novos recursos de IA, usando a tecnologia mais atual para ajudar nossos pacientes e gerenciar recursos importantes com mais eficiência”, conta o professor Ian Abbs, diretor executivo da Guy’s and St Thomas’ NHS Foundation Trust.
Oxford Nanopore: genômica dimensionável e em tempo real
A tecnologia de sequenciamento de leitura longa da Oxford Nanopore Technologies está sendo usada em mais de 100 países para gerar informações genômicas em diversas áreas de pesquisa, da saúde humana e vegetal ao monitoramento ambiental e à resistência antimicrobiana.
A Oxford Nanopore implanta a tecnologia Nvidia em várias plataformas de sequenciamento genômico para desenvolver ferramentas de IA que aumentem a velocidade e a precisão da análise genômica. Com o acesso ao Cambridge-1, a Oxford Nanopore poderá realizar tarefas relacionadas à melhoria de algoritmos em horas em vez de dias. Esses algoritmos aprimorados garantirão aos cientistas mais precisão genômica para informações mais úteis e mais agilidade.
“O uso da potência do Cambridge-1 nos ajudará a acelerar ainda mais o desenvolvimento de algoritmos para realizar análises genômicas avançadas e precisas. Com isso, os cientistas poderão usar nossa tecnologia em campo para acessar uma quantidade inédita de informações em diversas áreas de pesquisa”, declara Rosemary Sinclair Dokos, vice-presidente de gerenciamento de produtos e programas da Oxford Nanopore.
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