De uma hora para outra, o ensino remoto se tornou a única opção para a manutenção das atividades de todas as instituições de ensino, seja da educação básica, ensino técnico ou superior, tanto públicas quanto privadas. O setor da educação, diretamente afetado pela pandemia de Covid -19, se viu obrigado a adaptar rapidamente às diversas transformações impostas pela necessidade de distanciamento social. Com isso, muitas instituições, que antes seguiam processos tradicionais de ensino, tiveram que correr contra o tempo para se reinventar e adequar à situação.
Apesar da tendência de que este cenário precise mais uma vez se remodelar, talvez para um modelo híbrido entre remoto e presencial assim que a pandemia estiver sob controle, o setor educacional deve se preparar e planejar os passos do pós-pandemia, para que não seja, mais uma vez, pego de surpresa. Pensando nisso, separamos algumas dicas sobre como a tecnologia pode ajudar os gestores do setor da Educação em diversas frentes e, assim, acompanhar a evolução necessária.
É importante destacar que o impacto dessa mudança repentina é diferente para cada nível de ensino. Normalmente, alunos e professores de ensino médio, graduação e especializações, principalmente da rede particular, estão mais familiarizados e com acesso mais fácil à tecnologia, o que fez com que a transição desse grupo fosse bem mais tranquila durante a crise. Já para os níveis de educação infantil e fundamental, o desafio é mais intenso por diversos fatores, até porque estamos falando de crianças e pré-adolescentes e, portanto, há a necessidade de um adulto por perto auxiliando na realização das tarefas – tudo isso em um momento em que os adultos também estão com os seus afazeres dentro de casa.
Para manter, e até aumentar a produtividade do setor, trazer tecnologia para a gestão educacional deve ser a primeira lição de casa. No caso de centros de ensino privados, é fundamental que a instituição tenha uma visão completa do negócio, garantindo o sucesso das tomadas de decisões de todas as frentes – da saúde financeira ao planejamento pedagógico e administrativo. Por isso, uma ferramenta tecnológica é a chave para uma gestão educacional bem sucedida, que otimiza as atividades diárias e aumenta a eficiência dentro da instituição.
Entre as soluções, estão os ERPs, que oferecem secretarias escolares digitais e outros sistemas de controle acadêmico. Com módulos flexíveis, cada instituição pode adaptá-lo às suas necessidades. Ainda assim, os processos mais importantes nesses softwares são: Currículo e Oferta, contendo os cadastros gerais de alunos e a estrutura curricular do local; Processo Seletivo; Matrícula; Atividades Acadêmicas e Portal do Aluno. Áreas de Backoffice, Contábil, Folha de Pagamento, Gestão Financeira, Contábil e de Controladoria, além de controle de estoque, compras e faturamento também são fundamentais para o sucesso na nova realidade que as instituições educacionais encontrarão nos próximos anos.
Até aqui já foi possível entender que, daqui para frente, digitalizar processos é o caminho a seguir – e isso vai muito além dos processos que dizem respeito à gestão das instituições. A gestão de atividades acadêmicas também pode (e deve) contar com soluções de tecnologia. E a boa notícia é que ferramentas já estão disponíveis no mercado.
Hoje em dia, por meio de um único aplicativo, por exemplo, já é possível resolver remotamente questões ligadas à comunicação entre professores e alunos, gestão escolar, retenção e até engajamento dos estudantes. Ainda, pela mesma ferramenta, pais e estudantes podem ter acesso a serviços financeiros e renegociações de mensalidades, além de informações escolares e outros documentos acadêmicos. Ou seja, a tecnologia consegue alcançar e atender todas as esferas da relação entre professores, alunos, pais e instituição.
O caminho para o futuro e o sucesso do ensino passa pelo esforço coletivo para que o formato realmente funcione. E a tecnologia é o meio para se alcançar o equilíbrio com sucesso, tanto para o bom funcionamento da sala de aula no ambiente digital, na necessidade de um modelo híbrido, quanto para a melhor gestão das instituições no aspecto administrativo, financeiro e pedagógico, permitindo que toda operação escolar esteja disponível digitalmente, automatizando e acelerando processos e, consequentemente, tornando toda a cadeia mais produtiva.
Por Eduardo Pires, diretor do segmento Educacional da Totvs
Leia nesta edição:
CAPA | TECNOLOGIA
Centros de Dados privados ainda geram bons negócios
TENDÊNCIA
Processadores ganham centralidade com IA
TIC APLICADA
Digitalização do canteiro de obras
Esta você só vai ler na versão digital
TECNOLOGIA
A tecnologia RFID está madura, mas há espaço para crescimento
Baixe o nosso aplicativo