Foi-se o tempo em que uma pessoa tinha somente uma conta bancária durante toda a vida. Uma pesquisa realizada pela Quanto, plataforma pioneira em open banking no Brasil, em parceria com a Constellation aponta que, em um cenário de constante inovação com cada vez mais opções de serviços bancários, a tendência entre os usuários de smartphone no Brasil é manter diversas contas bancárias – com os jovens priorizando fintechs no dia a dia. Ao todo, 16 instituições foram mencionadas pelos entrevistados, incluindo os cinco maiores bancos do País.
Entre os entrevistados, 75% possuem conta em mais de um banco. No geral, 70% têm uma conta em uma fintech e um em cada quatro mudou de instituição financeira no último ano. Apesar da abertura de novas contas, metade dos entrevistados afirma nunca ter fechado uma conta bancária, e a maioria cita como motivo o medo de perder o histórico financeiro – um dado crítico para obtenção de crédito ou financiamentos – com 62% afirmando que preferem o banco digital, mas têm a conta no banco tradicional para manter as informações sobre movimentações financeiras.
“A resistência da maioria dos brasileiro de encerrar sua conta pelo medo de perder seu histórico bancário é compreensível, e reforça a importância do Open Banking. Para solucionar isso, é preciso empoderar o brasileiro para ter domínio dos seus próprios dados de forma confiável e segura, independente do banco que os originou e se ele é cliente ou ex-cliente de uma instituição”, explica Ricardo Taveira, fundador e CEO da Quanto, plataforma de open banking que apoia instituições financeiras na transição para esse novo momento do mercado financeiro.
Além disso, as gerações mais novas não são tão fiéis aos bancos: das pessoas com menos de 30 anos, apenas 27% mantiveram a mesma conta bancária principal por mais de 3 anos – versus 67% do público com mais de 50 anos no mesmo período. Para Eduardo Dumans, sócio da Constellation, a pesquisa levanta um ponto de atenção para as instituições financeiras tradicionais: “Quando analisados os dados fica evidente que a disputa está cada vez mais acirrada e os bancos tradicionais vão precisar correr para não ficar para trás na corrida pelos clientes ‘do futuro’ “, afirma. “Os bancos estão bem estabelecidos entre o público com mais de 50 anos, porém estão sendo trocados pelas fintechs entre os mais jovens”, completa.
Nubank se destaca: a instituição é top of mind e como banco com melhor penetração (47%), além de 22% usarem o Nubank como seu banco principal. Entre os novos entrantes, o Inter é o segundo melhor posicionado, com 21% afirmando ter conta no banco, além de ser top of mind para 5% e a conta principal para 6% dos entrevistados.
Mais mudanças a caminho
A chegada da segunda fase do open banking, marcada para começar no dia 15 de julho, deve intensificar ainda mais a concorrência. O CEO da Quanto também destaca que veremos muitas mudanças na maneira como de consumo dos serviços financeiros. “Mais do que só facilitar o compartilhamento de dados, o open banking abre caminho para levarmos os serviços financeiros direto para o ponto de necessidade do cliente, evoluindo a nossa relação com os bancos. Assim, não vamos mais precisar ir até uma agência ou mesmo abrir o aplicativo do banco para conseguir um empréstimo para fazer uma compra, por exemplo”, comenta Taveira, que conclui: “Esse desafio vai gerar ainda mais concorrência, mas vai demandar adaptação de todo o mercado, e a Quanto está trabalhando justamente para facilitar a concretização desse novo cenário”.
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