Estudo encomendado pela FIS e realizado pelo Ipsos, destaca o crescimento dos serviços digitais entre todas as gerações do País, inclusive entre os consumidores desbancarizados. O levantamento, intitulado Pace Pulse Brasil, indica que, desde o início da pandemia de Covid-19, 11% dos brasileiros sem conta em banco usaram serviços de entrega via aplicativos e 15% para delivery de compras de supermercado. A pesquisa foi realizada com duas mil pessoas, em diferentes regiões do Brasil.
Um dos pontos de destaque da pesquisa, estão as novas formas para fazer compras. Pelos dados, 39% dos entrevistados estão usando mais serviços de entrega de restaurante do que antes da pandemia. Da mesma forma, 28% disseram que estão usando o serviço de retirada no local, Take Away, para seus pedidos online ou via smartphones, estes com maior frequência. “Conforme os brasileiros continuem a enfrentar incertezas econômicas, esses novos comportamentos de compra devem se consolidar”, afirma Marcelo Goes, líder de Soluções e Produtos para aMarcelo Goes, FIS.
Para o executivo, a pandemia acelerou um processo que já estava em andamento – a migração para os canais digitais. “Todas as gerações estão fazendo este movimento e acessando variados serviços digitais”, comenta ele. “Assim como em outros países do mundo, o público desbancarizado está sendo cada vez mais atendido por ferramentas digitais”, complementa.
Impacto nas finanças
O estudo mostra também o impacto da pandemia nas finanças dos brasileiros: metade deles está enfrentando problemas financeiros como redução de salário (28%), bônus adiados (14%), adiamento de promoção (7%) ou perda do emprego (11%). Hoje, 34% dos consumidores está enfrentando forte instabilidade financeira em função da pandemia, e estes afirmam que não conseguem pagar as contas dentro do mês, em função da redução de receita. Já as famílias mais instáveis financeiramente são as desbancarizadas, com 24% afirmando que já não conseguem pagar suas contas, seguidas por consumidores que usam varejistas para seus serviços bancários e financeiros.
“Bancos e outros fornecedores de serviços financeiros precisarão ser flexíveis e inovadores para atender às necessidades dos brasileiros, que estão em constante mudança em todos os grupos demográficos. Ao mesmo tempo, devem estudar medidas de alívio econômico para apoiar seus clientes, como isenção de multas e taxas, além de maior flexibilidade na hora de conceder e renegociar empréstimos”, comenta Goes.
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