Um tema que vem ganhando visibilidade e que desperta o interesse, seja de quem aprova ou não, é Cidades Inteligentes e tudo o que o orbita. Viabilizar melhor qualidade de vida, reduzindo tempo gasto no trânsito, uso racional de bens de consumo como a energia e pontos controversos como reconhecimento facial compõem o futuro de centros urbanos. Em meio à falta de segurança, trânsito congestionado e atribulações diversas próprias de grandes cidades, muitos cidadãos se mostram frustrados com a configuração atual da cidade em que residem ou trabalham.
Um caminho, uma saída, pode ser uma cidade mais avançada digitalmente. Para levantar um panorama sobre o tema, a Capgemini, por meio de sua área de pesquisas, realizou um estudo junto a 10 mil consumidores e com 310 pessoas que compõem governos municipais de 58 cidades da Alemanha, Cingapura, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Índia, Itália, Reino Unido e Suécia. No Brasil, a pesquisa foi realizada em Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo. A grande conclusão é que hoje, a vida urbana está abaixo das expectativas da Era Digital.
Uma importante conclusão, que ajudará gestores e fornecedores de tecnologia, é que mais de um terço dos cidadãos está disposto a pagar para viver em uma cidade inteligente.
Privacidade importa
Parte imprescindível para a Era Digital, os dados são vitais para tudo, desde cadastro dos cidadãos junto a governos, até para a venda do Varejo, e indústrias de Saúde e Entretenimento; incluindo setores domésticos e corporativos. Em todo o mundo, conforme o estudo da Capgemini, 63% dos consumidores afirmam que a privacidade de seus dados pessoais é mais importante do que serviços urbanos a serem oferecidos.
Entre as tecnologias propostas para as cidades inteligentes está o Reconhecimento Facial que, apesar das vantagens alardeadas, é cercado de polêmica. Falhas no processo de identificação de pessoas resultaram na suspensão de seu uso em diversas cidades do mundo. Além disso, grandes empresas, a exemplo da IBM e da Microsoft desistiram de levar adiante projetos na área. O mercado, contudo, aposta no aperfeiçoamento da tecnologia. Isso porque, “com a adoção do Machine Learning e da Inteligência Artificial intensificada, o reconhecimento será aperfeiçoado e com a melhoria do ‘aprendizado’ a identificação será cada vez melhor”, defende Ernesto Diaz, diretor da Capgemini e responsável pela Aplicação de Intercâmbio de Inovação da companhia no Brasil.
Reconhecimento Facial
Por conta de inúmeros projetos em curso para a adoção do Reconhecimento Facial em diversas áreas no País, a tecnologia estará mais presente no cotidiano dos brasileiros nos próximos anos. Iniciativas já acontecem na Segurança Pública, no controle de fronteiras, no transporte público e em aeroportos.
No mundo corporativo avança em ritmo acelerado, como mecanismo de autenticação não apenas de pessoas, mas também de transações financeiras. Esse movimento foi potencializado pela pandemia e pode se intensificar com a vigência do Sistema Pagamento Instantâneo, Pix, entre outros fatores.
O dado biométrico é considerado crítico quando permite identificar uma pessoa. A LGPD enumera os princípios que as empresas devem seguir no tratamento dos dados pessoais, entre os quais constam finalidade, transparência, prevenção e segurança.
Vale lembrar, ainda, que uma infraestrutura robusta faz a diferença quando se trata da aplicação da tecnologia de Reconhecimento Facial em projetos relacionados à Segurança Pública ou cidades inteligentes, nos quais câmeras inteligentes são utilizadas em larga escala para classificar e identificar, via biometria, as imagens capturadas.
No Brasil
A questão da mobilidade urbana permeia de forma abrangente as questões das cidades inteligentes. Os problemas no transporte apareceram no relatório da Capgemini, sendo que as pessoas abordaram o longo tempo gasto no trajeto, 63%. “O maior índice, 69%, diz respeito à falta de segurança pública, porém quando se trata de questões culturais e pessoais o índice cai para 38%”, destaca o diretor da Capgemini.
Ele cita ainda, que 66% dos entrevistados do País, apontam problemas financeiros, entre eles, a falta de boas oportunidades de emprego e baixo crescimento econômico. No Brasil, é alto o índice no quesito falta de iniciativas de sustentabilidade: 58%.
O relatório apura que os cidadãos do Brasil acreditam que as cidades inteligentes proporcionarão uma experiência elevada que não se limita ao básico das necessidades de infraestrutura. “Os brasileiros se dispõem a pagar mais por iniciativas de smart city e a usar funcionalidades de cidades inteligentes em serviços públicos e de segurança”, conclui Diaz.
Serviço
www.capgemini.com
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