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Nuvem privada, pública ou híbrida?

Para garantir que a segurança compartilhada seja eficiente, é fundamental que a jornada seja acompanhada de ponta a ponta por um especialista
Nuvem privada, pública ou híbrida?

Há tempos a computação em nuvem vem auxiliando empresas de todos os portes a elevar a produtividade e reduzir custos, além de permitir que os dados sejam acessados a qualquer hora e de diferentes locais. Esse último item, inclusive, ganhou ainda mais relevância em períodos de pandemia.
Mesmo sendo um modelo em alta, a Cloud Computing segue gerando dúvidas em líderes de negócio. “Ainda há pessoas que acreditam que o serviço tem um alto custo, baixa segurança e só é digno de grandes corporações. Nada disso é verdade. Com orientação especializada e planejamento, qualquer organização pode usufruir de muitos benefícios de estar na Nuvem”, explica Edilson Pimentel, CTO da Nublify.

Quando trabalha-se com Nuvens Híbridas, é preciso lidar com a integração de ambientes, o balanceamento de custos e as particularidades das tecnologias  

Para auxiliar as organizações a iniciar o processo de decisão sobre a migração do negócio para a Nuvem, o executivo lista a seguir as características, as vantagens e as complexidades de cada um dos três tipos de nuvens existentes.
1. Nuvem Privada ou Private Cloud
Embora exista um alto custo inicial com aquisição ou locação de uma infraestrutura para uso exclusivo, normalmente, essa é a Nuvem preferida das empresas para armazenar dados estratégicos e que demandam tempo de resposta rápido. Nesse caso, os servidores ficam dentro da empresa, mesclando alta segurança e baixa latência de rede, já que nenhuma pessoa fora do perímetro da companhia terá acesso aos dados sem passar pelo firewall da organização. É possível que esse ambiente opere com virtualização dos servidores, mas desde que exista uma camada extra que permita o self-service de aplicações sob demanda.
Vantagens
Opera em compliance com os órgãos reguladores para cada tipo de negócio, armazena os dados dentro de infraestrutura própria – localizada em seu próprio Data Center – e tem capacidade de manter todas as políticas de cibersecurity pré-estabelecidas pela organização, o que facilita a gestão de segurança dos ambientes críticos.
Complexidade
Em geral, as empresas que mantém todos os seus ambientes em Nuvens Privadas, têm custos elevados, se considerarmos os valores destinados a Data Center, energia elétrica e espaço físico, além de equipe multidisciplinar, com profissionais focados em áreas distintas, como redes, armazenamento, facilities e servidores, por exemplo.
2. Nuvem Pública ou Public Cloud
Nesse formato, a hospedagem da aplicação ou do serviço acontece em um ambiente que atende diversas empresas simultaneamente, seja pela Internet, por links dedicados ou mesmo isolando por VPN. Para que uma organização não tenha acesso às informações da outra, existe uma camada de software, que pode ser o hypervisor quando for IaaS, isolando os dados. Aqui, a principal preocupação é com relação à gestão das informações, que precisam ser constantemente monitorados para evitar ataques.
Vantagens
Normalmente, em poucos minutos, é possível utilizar recursos ou criar novas contas ou máquinas virtuais. Existe, ainda, a possibilidade de adequar a computação contratada de acordo com a demanda, atendendo a picos de uso em determinados dias e horários. Com relação ao custo, ele é bastante reduzido, se comparado ao da Nuvem Privada, porém esse não deve ser um fator determinante no momento da contratação. É preciso fazer uma análise mais criteriosa e detalhada.
Complexidade
Depois de decidir levar seus ambientes para a Nuvem Pública, a empresa precisa definir se: seguirá com uma nuvem única – o que pode gerar o que chamamos de lock-in, ou seja, aprisionamento -; ou compartilhará os recursos entre duas ou mais nuvens públicas, o que, de certa forma, aumenta a complexidade no gerenciamento.
3. Nuvem Híbrida ou Hybrid Cloud
Como o próprio nome sugere, Nuvem Híbrida é aquela que mescla os serviços da Pública e da Privada, utilizando uma camada de software que permita transferir cargas de trabalho entre ambas, sem descuidar do quesito segurança. O principal desafio desse modelo está relacionado aos custos de conexão e transferência dos dados.
Vantagens
As principais vantagens são o controle de custos e a liberdade tecnológica. A organização pode levar para a Nuvem Pública aplicações novas desenvolvidas dentro dos conceitos do ambiente, enquanto mantém as aplicações monolíticas no seu Data Center. Além disso, ao operar no conceito híbrido, a empresa pode escolher onde seus workloads vão estar de uma maneira mais equalizada, usufruindo do melhor de todas as nuvens e reduzindo o lock-in.
Complexidade
Quando trabalha-se com Nuvens Híbridas, é preciso lidar com a integração de ambientes, o balanceamento de custos e as particularidades das tecnologias. Tudo isso requer prática e conhecimento especializado. A recomendação, principalmente nesses casos, é sempre contar com a ajuda de um parceiro externo e especializado.
Independentemente do tipo de nuvem escolhida, Edilson Pimentel alerta para um detalhe importante do serviço de Cloud Computing: a segurança compartilhada. “Muitas organizações não se dão conta ao assinar o contrato com o provedor de Cloud Computing. Mas é importante destacar que trata-se de um serviço com segurança compartilhada. Na prática, isso quer dizer que enquanto o provedor garante a estabilidade e disponibilidade do ambiente, a privacidade e proteção dos dados é responsabilidade de quem contrata o serviço. Por isso, é fundamental que toda a jornada para a Nuvem e a permanência no ambiente seja acompanhada por um especialista”, afirma o executivo.

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