Contar com a presença tecnológica no ambiente empresarial é o primeiro passo para se construir uma cultura interna orientada à segurança fiscal.
O impacto ligado à Transformação Digital e sua abrangência sobre as empresas não se limita à melhoria de procedimentos antiquados ou modelos de trabalho ineficazes. Claro, sem dúvidas, esse é um aspecto importante e que deve ser considerado antes de qualquer movimentação nesse sentido, mas o uso da tecnologia vai além, pois representa uma grande oportunidade de se reformular a perspectiva fiscal de organizações entregues ao dinamismo de um segmento reconhecidamente caótico. É nesse aspecto que se mostra preponderante uma interpretação estratégica do que a máquina pode oferecer. Portanto, a transformação não é somente digital, mas também comportamental. E existem meios de se atingir esse nível de maturidade operacional.
Ferramentas de controle e armazenamento de notas fiscais e documentações, por exemplo, empregam a automatização de etapas fundamentais para a saúde fiscal da empresa em questão, evitando o surgimento de multas e punições decorrentes de descuidos e o não cumprimento de prazos. Por isso, a importância de se apoiar em um planejamento estratégico que acompanhe as reais contribuições da tecnologia no ambiente de trabalho.
Soluções que acompanham a legislação
A complexidade por trás do cenário fiscal do Pais não é novidade. Inúmeras empresas sofrem com sanções severas devido a ocorrências que poderiam ser evitadas com mudanças estruturais simples. Para se ter uma dimensão do problema, a multa inicial pela falta de escrituração e o envio de uma nota ao SPED repousa na casa dos 80 mil reais, permanecendo sujeita ao crescimento se a situação se estender, até que a obrigação seja contemplada.
O uso de plataformas inovadoras vai de encontro ao manuseio assertivo de notas fiscais, sempre respeitando o calendário e as atualizações de uma legislação em constante evolução. Em tempos de Transformação Digital, contar com uma estrutura de TI consolidada é o que destaca e recoloca uma empresa em vantagem às demais, concedendo um diferencial competitivo valorizado por um público consumidor em sinergia com o que há de mais inovador no mercado. Logo, não seria nenhum exagero afirmar que os ganhos extraídos de uma gestão fiscal eficiente refletem para a companhia em sua totalidade.
Porta de entrada para o Compliance fiscal
Nos últimos anos, com o avanço tecnológico e uma mudança profunda na mentalidade do empresariado, a noção de Compliance tem sido trabalhada com frequência, e isso é uma ótima notícia para os que enxergam na tecnologia uma aliada de valor em termos de estabilidade fiscal. Introduzir uma cultura corporativa guiada pelo Compliance não é um processo de fácil adesão e que pode ser conduzido da noite para o dia, pelo contrário, trata-se de uma iniciativa louvável, mas que sem os artifícios necessários, não será capaz de surtir os efeitos desejados e colocar a empresa em harmonia com a legislação vigente.
O investimento em alternativas para se manter em conformidade com o Fisco nunca é secundário. A utilização de sistemas manuais teve seu valor em outras épocas, isso é fato, mas ignorar a implementação da tecnologia não só colocará a organização em descrédito quanto à visão compartilhada entre seus clientes, como poderá comprometer a integridade das atividades, levando a situações extremas que nenhum gestor gostaria de passar com seu negócio.
Otimização de processos beneficia equipes
E como fica o papel humano nesse quadro de transição ao digital? Com a digitalização de etapas relacionadas à governança de dados e notas fiscais, as pessoas continuarão exercendo um protagonismo significante no cotidiano empresarial, contrariando aquele pensamento equivocado sobre as intenções de se aplicar a tecnologia em processos rotineiros. No fim das contas, a automatização serve como um agente conciliador, capaz de valorizar os profissionais com benefícios importantes, a exemplo da praticidade e a economia de tempo fornecida para a equipe envolvida no departamento fiscal.
Encerro o artigo apontando para a importância de se buscar por soluções compatíveis com a realidade apresentada por cada empresa. Com o crescimento, é natural se deparar com um aumento considerável no fluxo de informações e documentos disponíveis, fato que acaba por proporcionar novas demandas e desafios suscetíveis a descuidos extremamente prejudiciais. A presença tecnológica surge como método plausível de se preservar a saúde fiscal das organizações e garantir que as mesmas aproveitem de um futuro repleto de oportunidades únicas.
Qual é a sua opinião sobre o papel da tecnologia na área fiscal das empresas? Participe do debate!
Por Fernando Brolo, Sales Partner na logithink
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