book_icon

Vendas de tablets recuam mais de 32%

Segundo a IDC, o desempenho no segundo trimestre nunca foi bom, mas desta vez o tombo foi grande
Vendas de tablets recuam mais de 32%

O mercado brasileiro de tablets registrou uma queda acentuada no segundo trimestre deste ano, segundo levantamento realizado pela IDC Brasil. De abril a junho, foram comercializados 477.377 tablets, queda de 32,3% em relação ao mesmo período de 2019 e de 29,2% ante os três primeiros meses deste ano. Esse fraco desempenho nas vendas só fica atrás do segundo trimestre de 2015, quando a queda foi de 35%.
Em 2016, no mesmo período, a retração foi de 32% e de lá para cá o movimento do segundo trimestre sempre foi de queda, mas não nesta proporção. Em 2017 as vendas caíram 8%, em 2018 recuaram 3,4% e no segundo trimestre do ano passado a queda foi de 7,6%. Todos esses números estão no relatório IDC Brazil Tablets Tracker.

Para o ano, a IDC estima uma retração total de 12% no setor  

“A retração do mercado de tablets no Brasil começou em 2015, também no segundo trimestre. Desde então, temos períodos em que até há uma leve reação, mas, no geral, o movimento é de queda”, diz Rodrigo Okayama Pereira, analista de mercado da IDC Brasil. Foi o que aconteceu no 1º trimestre deste ano, que teve uma leve queda de 3%. “A volta às aulas, em janeiro, e o início da quarentena e das aulas a distância, em março, aumentaram as vendas, mas o consumo não se manteve nos meses seguintes e o ritmo de queda deve continuar”, estima o analista.
Se as vendas estão em queda, os preços seguem em alta. Segundo o estudo da IDC, o tíquete médio do tablet no 2º trimestre foi de R$ 971,56, um incremento de 44,7% em comparação ao mesmo período de 2019 e 47,4% a mais do que nos três primeiros meses deste ano. “O mercado tem apontado para uma mudança no mix de produto, com tablets intermediários e premium ganhando mais importância e participação. Assim, o aumento nas vendas de tablets com maiores especificações técnicas refletiu também no aumento do preço médio”, explica Pereira. Quanto à receita, as vendas somaram R$ 463 milhões, 10 milhões a menos do que no mesmo período de 2019.
Ainda segundo o estudo da IDC Brasil, dos 477.377 tablets vendidos no segundo trimestre deste ano, 438.412 foram para o varejo, queda de 32,3% em relação ao primeiro trimestre, e 38.965 para o mercado corporativo, crescimento de 47,3%, apoiado pela participação dos tablets premium e projetos para os setores da Educação e Governo.
Para o terceiro trimestre do ano, a previsão da IDC Brasil é de que as vendas de tablets sigam em movimento descendente, acentuado pelos impactos da pandemia de Covid-19, da alta do dólar e do desemprego. Para o ano, a IDC estima uma retração total de 12% no setor.
Serviço
www.idc.com
 

As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem exclusivamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da Infor Channel ou qualquer outros envolvidos na publicação. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da Infor Channel.