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43% das PMEs tiveram que adotar novas tecnologias para trabalhar remotamente

Pesquisa realizada pela plataforma de busca e comparação de softwares Capterra revela ainda que 25% dos pequenos negócios planejam comprar ou instalar novas ferramentas. Contato com clientes, RH e colaboração são principais desafios do teletrabalho
43% das PMEs tiveram que adotar novas tecnologias para trabalhar remotamente

Quase metade das PMEs brasileiras com até 250 trabalhadores tiveram que adotar novas tecnologias para trabalhar em regime de home office devido à crise do coronavírus.
É o que aponta estudo realizado pela plataforma de busca e comparação de softwares Capterra, uma empresa da Gartner, sobre a adoção do teletrabalho entre as PMEs após a pandemia. Para o levantamento, foram ouvidos 481 trabalhadores de todas as regiões do País entre os dias 3 e 4 de abril.
De acordo com levantamento, 43% dos entrevistados afirmam que sua empresa comprou ou instalou novos softwares para poder operar remotamente; 25% planejam fazê-lo.

  De acordo com levantamento, 43% dos entrevistados afirmam que sua empresa comprou ou instalou novos softwares para poder operar remotamente; 25% planejam fazê-lo  

Os dados fazem parte de um levantamento global do Capterra com profissionais de outros oito países: Alemanha, Austrália, Espanha, França, Holanda, Itália, México e Reino Unido.
A pesquisa mostra ainda que 55% dos trabalhadores de pequenos negócios hoje em regime de home office não costumavam trabalhar em casa antes da pandemia. E indica que a crise pode marcar o início de um novo paradigma na flexibilização do regime de trabalho entre as PMEs brasileiras.
Isso porque, segundo o estudo, 54% dos que somente agora experimentam o home office dizem querer seguir combinando a modalidade com a ida ao escritório após o fim da pandemia, enquanto 33% afirmam querer mudar para um regime 100% remoto.
Experiência positiva
Apesar disso, a experiência é positiva para a maioria das empresas, apontam os dados do estudo. Para 70% dos entrevistados com cargos de gerência, suas empresas poderiam funcionar em seu pleno potencial com uma equipe totalmente remota.
“A aceitação à nova realidade é alta, levando em conta que estamos vivendo um experimento forçado de empresas migrando para o home office quase da noite para o dia e tendo que lidar com os problemas que essa modalidade de trabalho traz consigo com pouca ou nenhuma experiência prévia”, comenta o analista do Capterra, Lucca Rossi, um dos responsáveis pelo levantamento.
A mudança, no entanto, não vem sem desafios, destaca Rossi:
“A maioria dos trabalhadores destaca os benefícios que estão experimentando ao estar 100% do tempo em casa, como poder ajustar o horário de trabalho de acordo com atividades pessoais ou evitar deslocamentos, mas reconhece uma piora no relacionamento com o cliente e ressalta a solidão e o os problemas de comunicação típicos do home office.”
Teletrabalho em alta
A crise do coronavírus obrigou as PMEs a se adaptarem a uma nova realidade, mas apenas coloca em evidência uma mudança no mercado de trabalho brasileiro anterior à pandemia.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a quantidade de brasileiros em home office aumentou 44% entre 2012 e 2018. Já a Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades (Sobratt) apontou um crescimento de 22% nessa modalidade de trabalho entre 2016 e 2018.

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