Hospital da Unimed Grande Florianópolis usa IA para controlar infecção
Uso da tecnologia mapeia atualmente pacientes internados em 75 leitos
Por
Redação
20200309
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Cada vez mais próxima do ecossistema de inovação potencializado por startups e empresas de tecnologia, a Unimed Grande Florianópolis adotou em seu Hospital o uso diário da plataforma de Inteligência Artificial conhecida como “Robô Laura” para auxiliar no diagnóstico precoce de sepse. “Estamos orgulhosos por trazer a Santa Catarina essa tecnologia que cumpre um importante papel preventivo na saúde”, comenta o CEO da cooperativa, Richard Oliveira.
A sepse é uma condição clínica grave, preocupante em todo mundo, que leva ao óbito em percentuais variáveis, podendo chegar a, aproximadamente, 55% em alguns casos. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a sepse é a causa de morte de mais de seis milhões de pacientes por ano no mundo.
O assessor médico de Inteligência em Saúde da cooperativa, Raphael Corrêa Santa Ritta, explica que o Robô Laura monitora e analisa através de Machine Learning (aprendizado de máquina) dados como, por exemplo, idade, sexo, sinais vitais (pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória e temperatura), saturação de oxigênio e glicemia capilar de cada um dos pacientes internados nos 75 leitos. “Com base nessas informações são gerados alertas em painéis de gestão que identificam, por ordem de criticidade, os pacientes com deterioração clínica. De forma ágil, os médicos estabelecem o diagnóstico mais precoce de sepse e iniciam o tratamento imediatamente, apoiado no histórico clínico do paciente e de seus exames complementares”, explica.
Pacientes monitorados
A Inteligência Artificial empregada permite coletar e analisar dados dos pacientes internados a cada 3,8 segundos. O objetivo é reduzir o tempo para a identificação daqueles que estão com infecção generalizada e aumentar a velocidade até o início do tratamento, o que pode ser essencial para salvar vidas. “Trata-se do primeiro Hospital em Santa Catarina a implantar esse robô e caminha junto da tecnologia por uma saúde mais eficiente”, sintetiza o CEO de Laura, Cristian Rocha.
Uma vez implementado, o sistema conversa diretamente com a área operacional e gerencia riscos, também aprende de acordo com novas informações e se adapta às condições atuais do paciente. Além disso, o robô integra-se com resultados de exames laboratoriais e com os horários das prescrições médicas do paciente, permitindo identificar em tempo real agravos em sua saúde. Quando identificados aqueles com deterioração clínica, são emitidos alertas nos painéis de gestão para que a equipe possa prestar o atendimento imediato. Em situações de maior criticidade, alertas podem ser enviados para um time de resposta rápida composto por médicos e enfermeiros.
O Diretor Técnico do Hospital Unimed, Gabriel Gustavo Longo, não tem dúvidas de que a ferramenta representa uma evolução na segurança do usuário. “Auxilia a equipe assistencial a monitorar e identificar de forma precoce os pacientes hospitalizados que apresentam deterioração do seu quadro clínico, como acontece nos casos de sepse.”
Robô Laura
A plataforma de inteligência artificial foi desenvolvida em Curitiba pelo analista de sistema Jacson Fressatto após a perda de sua filha, que se chamava Laura, devido um quadro de sepse em 2010. Ativo desde 2016, o Robô teve cerca de 2,5 milhões de atendimentos analisados e estima-se que já tenha ajudado a salvar mais de 12 mil vidas.
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