Ao pesquisar executivos de cargos de alto escalão, ou seja os C-level, de 21 verticais em 25 países, inclusive o Brasil, a Accenture levanta dados que podem ajudar as empresas a enfrentarem desafios de negócios e tecnológicos. A companhia mapeou, por meio do Technology Vision 2020, como o choque tecnológico pode afetar o ambiente de negócios e, de forma resumida, concluiu que será necessário confrontar e pesar valores. Há que haver equilíbrio entre o lucro a qualquer preço e o fator humano.
Esses subsídios foram respaldados pelo Chief Technology & Innovation Officer, CTO da Accenture, Paul Daugherty, que comentou os principais pontos do estudo. Infor Channel acompanhou a divulgação dos resultados, via webcast, na sede da companhia, em São Paulo. “É preciso mudar nossa mentalidade do ‘porque posso’ para ‘porque confio’, reavaliando nossos modelos de negócios e de tecnologia, criando uma nova base para concorrência e crescimento”, destacou Daugherty.
Para a tecnologia da quinta geração de conectividade, a 5G, a análise é que somente a partir de 2022 haverá escala e será realmente aplicada no dia a dia em 2024. Serão ao menos cinco anos para que esteja efetivamente rodando e promova impacto para as pessoas. Nesse sentido, a Accenture atua junto a CEOs das telcos para que repensem e assumam o protagonismo na história das Telecomunicações e não percam espaço no mercado.
Há 20 anos a Accenture realiza pesquisas e analisa sistematicamente o panorama empresarial em busca de tendências emergentes em tecnologia, com potencial de direcionar empresas e setores. Os tópicos abaixo, compõem as tendências tecnológicas que estarão na pauta das organizações pelos próximos três anos, conforme a empresa e seu Technology Vision 2020.
O “eu” na experiência – The I in Experience
As empresas terão que desenhar experiências personalizadas que amplificam os atos e escolhas do indivíduo. Neste caso, os públicos passivos passam a participantes ativos por meio da transformação das experiências de mão única — que podem levar as pessoas a se sentirem fora do controle e deixadas à margem — em colaborações genuínas. Cinco em cada seis (85%) executivos de negócios e de TI entrevistados acreditam que, para competir com sucesso na nova década, as organizações precisam começar a enxergar seus clientes como parceiros.
A inteligência artificial e eu – AI and Me
A inteligência artificial (IA) deve contribuir de forma a complementar performance das atividades de trabalho, em vez de ser apenas um respaldo para automação. À medida que os recursos de IA crescem, as empresas precisam repensar o trabalho a fim de tornar a IA uma parte generativa do processo tendo a confiança e a transparência como questões centrais. Atualmente, apenas 37% das organizações apostam no design inclusivo ou nos princípios de design centrado nas pessoas para melhorar a colaboração entre pessoas e máquinas.
O dilema das coisas inteligentes – The Dilemma of Smart Things
Suposições sobre propriedade de um produto são colocadas em xeque em um mundo que chega a um estado do “beta para sempre”. Conforme as empresas buscam introduzir uma nova geração de produtos impulsionada pelas experiências digitais, lidar com essa nova realidade será cada vez mais fundamental para o sucesso. Ao todo, 74% dos executivos afirmam que produtos e serviços conectados em suas empresas passarão por atualizações significativas ao longo dos próximos três anos.
Robôs à solta – Robots in the Wild
A robótica não está mais confinada a galpões ou ao chão de fábrica. Com o 5G a ponto de provocar uma aceleração no ritmo de crescimento desta tendência, todas as empresas precisarão repensar seu futuro pelas lentes da robótica. Os executivos têm visões divergentes sobre como os funcionários devem lidar com a robótica: 45% dizem que seus funcionários devem encarar o trabalho com robôs como desafio, enquanto 55% acreditam que seus funcionários descobrirão facilmente como trabalhar com eles.
DNA da inovação – Innovation DNA
As organizações hoje têm acesso a uma quantidade inédita de tecnologias disruptivas, como registros distribuídos, IA, realidade estendida e computação quântica. Para gerir tudo isso — e evoluir na velocidade que o mercado demanda — as empresas terão que estabelecer seu próprio DNA da inovação. Três quartos (76%) dos entrevistados acreditam que os riscos para a inovação nunca foram tão altos; portanto, a assertividade do processo depende de inovar de novas maneiras com parceiros no mesmo ecossistema e com terceiros.
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