Quando falamos em tecnologia, em inovação e o valor delas para a saúde pensamos no presente, mas, principalmente, no futuro. Tudo o que está chegando ao mercado para melhorar a nossa qualidade de vida irá trazer, no final, mais benefícios aos pacientes e aos sistemas público e privado.
Precisamos, ao tocar nesse tema, olhar um pouco pelo retrovisor para entender o presente e o futuro. Quanto, destas tecnologias e inovações, foi implantado no passado e hoje significa menos mortes, mais qualidade de vida e menos sofrimento para as pessoas? Cirurgias minimamente invasivas que puderam permitir menos tempo de internação, para desafogar os leitos dos hospitais, maior capacidade de atendimentos das equipes médicas e de enfermagem, exames de diagnóstico que detectam doenças de forma mais precoce permitindo tratamentos mais ágeis e eficientes, dentre inúmeros outros.
Poderia discorrer um amplo leque de procedimentos e avanços tecnológicos que trouxeram benefícios para o pacientes e para todos na cadeia de saúde, fornecedores, hospitais públicos e privados, clínicas, laboratórios, planos de saúde, operadoras e governos Federal, Estaduais e Municipais. A tecnologia e a inovação representaram no passado e no presente economias significativas para todo o sistema.
O que poucos falam ou esquecem-se de dizer é que toda essa tecnologia é disponibilizada por milhares de empresas espalhadas pelo Brasil. São fabricantes internacionais e nacionais que produzem as órteses, próteses e matérias especiais e uma enorme rede de distribuidores que faz o produto chegar em qualquer ponto deste país continental, com todos os problemas de logística enfrentados e que conhecemos bem.
A perspectiva econômica futura do Brasil é otimista, conforme índice medido pela Fundação Getúlio Vargas. O Índice de Incerteza da Economia da FGV recuou 6 pontos no final do ano passado, foi a segunda queda consecutiva e o menor patamar desde fevereiro de 2018, refletindo uma maior confiança. E ainda que o nosso setor esteja enfrentando os impactos das recentes crises, é preciso que distribuidores e importadores continuem olhando e trazendo para o País as inovações. Que estejamos preparados para as novidades futuras e os impactos positivos que trarão, como trouxeram no passado. Ouso afirmar que as tecnologias que estão surgindo, em várias áreas, serão responsáveis pela sustentabilidade dos sistemas de saúde privado e público.
É evidente que terá que ser olhado pela balança do custo/efetividade, num país com tantas necessidades e prioridades. E, de fato, implantar com estudo, planejamento e racionalidade. Precisamos encarar essa discussão com todos os elos desta cadeia, sem denegrir ninguém, sem procurar culpados, sem discursos vazios.
A Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde irá debater o tema de frente, com ineditismo, ética e colocando todos em uma mesma mesa, como sempre faz, em seu já tradicional evento anual. O III Fórum ABRAIDI 2020 será em 16 de abril e você é nosso convidado.
Por Sérgio Rocha, presidente da Abraidi
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