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Ter uma carteira digital e realizar pagamentos por aproximação é seguro contra fraudes?

Por depender apenas de um dispositivo móvel, por exemplo o smartphone, a expectativa é de que os pagamentos por aproximação cresçam significativamente no Brasil
Ter uma carteira digital e realizar pagamentos por aproximação é seguro contra fraudes?

A evolução da tecnologia no setor de pagamentos tem transformado a forma como interagimos com o mundo, no que diz respeito a maneira como consumimos e fazemos compras. Com a adesão das chamadas carteiras digitais, estamos passando por um período de transição, onde, aos poucos, deixamos de carregar a carteira no bolso e passamos a utilizar aplicativos mobile como Android Pay, Samsung Pay e Apple Pay, que armazenam os dados dos nossos cartões e permitem transações por aproximação de forma rápida, segura e criptografada.
Por depender apenas de um dispositivo móvel, por exemplo o smartphone, a expectativa é de que os pagamentos por aproximação cresçam significativamente no Brasil. Segundo o e-Marketer, empresa de pesquisa de mercado, 21 milhões de pessoas devem realizar esse tipo de pagamento até 2023 – o número atual é 12 milhões.

“Para realizar uma operação com o celular, a pessoa precisa autenticar o serviço com leitor biométrico, código PIN ou com reconhecimento facial, ou seja, se o smartphone for furtado, basta bloquear o aparelho para proteger as suas informações” 

A pergunta que não quer calar é: ter uma carteira digital e realizar pagamentos por aproximação é seguro contra fraudes no País? Ralf Germer, CEO e cofundador da PagBrasil – fintech brasileira líder no processamento de pagamentos para e-commerce ao redor do mundo – diz que sim!
Ele explica que o objetivo das carteiras digitais é fazer com que as pessoas não necessitem mais sair de casa com cartões e dinheiro em espécie, precisando ter apenas um dispositivo eletrônico na hora de pagar as compras. Além disso, por serem baseadas em softwares de criptografia, as carteiras digitais dificultam ações fraudulentas.
“Os pagamentos por aproximação via NFC ou QR Code não permitem que o aparelho receptor tenha acesso a dados confidenciais de sua carteira digital. Só o fato dos usuários não precisarem mais inserir seus dados todas as vezes em que forem realizar uma transação – porque estes já estão salvos nas carteiras digitais – é um avanço contra o roubo de cartões e senha”, explica. “Para realizar uma operação com o celular, a pessoa precisa autenticar o serviço com leitor biométrico, código PIN ou com reconhecimento facial, ou seja, se o smartphone for furtado, basta bloquear o aparelho para proteger as suas informações”.
O Brasil é um dos líderes globais em crimes cibernéticos. De acordo com um levantamento feito pela Konduto, antifraude para e-commerces e pagamentos digitais, apenas em 2019 a startup evitou mais de R$ 5 bilhões em fraudes, sendo que valor financeiro processado em seu sistema ultrapassou R$ 128 bilhões. Diante desse cenário, a tokenização, uma das estratégias consideradas quando as empresas buscam proteger dados confidenciais dos clientes, tem sido uma aposta da indústria para aumentar a segurança das transações digitais.
“A maioria das lojas está desenvolvendo aplicativos e/ou tecnologias que utilizem a autenticação de dois fatores – recurso que acrescenta uma camada de segurança em que o usuário precisa fornecer outra maneira de autenticação que não a senha para que o pedido ou transação seja concluído”, explica Tom Canabarro, cofundador da Konduto.
Ainda de acordo com um estudo do e-Marketer, a penetração de pagamentos por proximidade no Brasil empata com a Argentina, alcançando 14.5%. Essa taxa é mais alta quando comparada ao México (10.2%), o segundo maior mercado e-commerce da América Latina. Apesar da nossa indústria ainda ter muito que evoluir, parece que os pagamentos por aproximação vieram para revolucionar de vez a forma como lidamos com dinheiro. E você? Já sabe se vai aderir às novidades?

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