Esta é a conclusão de estudo solicitado pela everis – junto a seus clientes, que são empresas com referências na região, sobre a adoção e maturidade das metodologias ágeis, no qual se constatou que 85% delas avançaram na adoção de novas tecnologias e na melhoria das habilidades digitais de seus colaboradores
A IDC, empresa de inteligência de mercado global, especializada nos setores de TI, Telecom e Comunicações, realizou a pedido da everis – junto aos seus clientes -, o estudo “Avanços na maturidade dos métodos ágeis na América Latina”, que ajuda a avaliar a evolução da transformação digital na região. “Nós realizamos este estudo para a everis há dois anos para identificar em que estágio se encontram as empresas latino-americanas em relação à adoção das metodologias ágeis, desafios para maior adesão e principais benefícios obtidos pelas usuárias”, afirma Waldemar Schuster, Research and Consulting Manager da IDC.
O estudo apontou, em 2018, que a transformação digital já se encontra em etapas de maturidade repetitivas (67%) e gerenciadas (18%), tendo como prioridades melhorar as habilidades digitais para ampliar a automatização e a adoção de Internet das Coisas e Inteligência Artificial, entre outras tecnologias. As companhias que estão na etapa de maturidade repetitiva têm os objetivos de transformação digital alinhados a uma estratégia de curto prazo, com iniciativas que contemplam produtos e experiências digitais. Aquelas na etapa gerenciada são mais dinâmicas no uso de novas tecnologias e modelos de negócios para influenciar mercados e criar novos negócios.
“Nosso estudo mostrou uma evolução positiva para os negócios da região ao verificar que a maioria das empresas (85%) se encontram em etapas intermediárias de implementação destes métodos, que são fundamentais para sua transformação e para garantir melhores resultados estratégicos e operacionais, bem como mais inovação e maior competitividade”, explica Nelson Wilson, Head de Negócios da Unidade de Soluções e Serviços de TI da everis.
Porém, 10% das companhias latino-americanas ainda estão no modelo ocasional, ou seja, sabem da necessidade de desenvolver estratégias de negócios aprimoradas digitalmente para seus clientes, mas a execução é feita de forma isolada, e 5% são Ad hoc, com iniciativas desconectadas da estratégia empresarial e das experiências dos clientes.
“Infelizmente, nenhuma companhia latina está de fato madura, sendo efetivamente disruptiva, com tecnologias e modelos de negócios digitais, capazes de propiciar um ecossistema de inovação constante e de conquista de novos mercados. Mas acredito que está realidade mudará em poucos anos e a everis fará o possível para auxiliar nesta evolução”, detalha Wilson. A everis tem vasta experiência no âmbito de agilidade integrada por pessoas de diferentes nacionalidades, colaborando na formação de equipes, treinamentos, execução de metodologias ágeis e transformações organizacionais. Com esta finalidade, criou o Centro de Excelência Ágil no Brasil em 2016, que atende às demandas de seus clientes estratégicos, tendo como principal foco companhias dos setores de telecomunicações, bancos, indústria, energia, saúde e governo.
O executivo da IDC ressalta que outro aspecto positivo do estudo foi que 38% das empresas implementaram projetos ágeis e uma cultura DevOps (Desenvolvimento & Operações) e destas 58% começaram a ver reduzidos seus tempos de entrega do código de produção dos softwares para de uma a quatro semanas e de recuperação para de uma a seis horas. Ou seja, com os métodos ágeis aprimoraram seus processos e estão conseguindo lançar produtos mais rápido ao mercado, devido ao envolvimento de equipes cada vez mais multidisciplinares e focadas.
“Elas também obtiveram menores índices de falhas, o que está em sintonia com as ações implementadas para medir o sucesso dos projetos em desenvolvimento, com base na capacidade de resposta aos clientes internos e externos, assim como com um acompanhamento em prazos mais curtos, o que é fundamental para a transformação empresarial”, completa Schuster da IDC. De acordo com o estudo, outro benefício adicional constatado foi uma redução de 10% a 60% dos custos em 42,5% das empresas.
Quando se fala em impactos esperados dos projetos ágeis nos negócios, o estudo identificou que de 80% a 85% das empresas consideram essencial a redução do tempo de apresentação de novos produtos e serviços ao mercado, o aprimoramento da experiência do consumidor e a melhora da resposta a requerimentos dos negócios, o que estudo mostrou vem sendo obtido pelas adeptas dos métodos. Os maiores desafios para implementação, por sua vez, são a resistência persistente das pessoas às mudanças e as equipes reduzidas, que para complicar tem pouca experiência na adoção destas metodologias”, declara Schuster do consultor do IDC.
“Por esta razão, neste momento, é imprescindível que as empresas construam um ecossistema multidisciplinar, integrando parceiros, fornecedores e clientes, em um relacionamento de confiança e sinérgico, a fim de atingir o nível de maturidade almejado de disrupcão. Tudo isto tendo como premissas a valorização dos negócios e das pessoas”, esclarece Wilson.
A amostra do estudo incluiu líderes de empresas com grande impacto econômico na América Latina, que contam com mais de 2.000 empregados, dos mais variados setores, como financeiro, telecomunicações, seguros, distribuição, atacado, manufatura discreta e de processos, governo e saúde, entre outros. Os países contemplados foram Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru.
Gestão de equipes ágeis
A pesquisa com os clientes da everis verificou ainda a necessidade de uma conversa mais constante e direta do CEO ou o Digital Lead com as áreas estratégicas e operacionais sobre como contratar serviços de outsourcing de agilidade, que são muito diferentes dos modelos tradicionais. “Como a maioria das companhias é motivada a ser ágil e se transformar para criar novos produtos, serviços ou canais de distribuição, é fundamental que o CEO se preocupe e invista na melhoria das habilidades digitais e na melhor gestão de seu capital humano para viabilizar um cultura empresarial ágil”, alerta o consultor da IDC.
Por isto, os métodos ágeis vêm provocando uma mudança significativa na gestão dos talentos, com melhores possibilidades de formação e desenvolvimento profissional, viabilizados por meio de melhores técnicas de treinamento e avaliação de desempenho, assim como pela maior integração entre os membros das equipes técnicas e de negócios. “Isto porque para colocar em prática a agilidade é preciso ter, além de conhecimento e qualificação, uma verdadeira mudança cultural, que trabalhe com os valores da agilidade, e uma estrutura eficiente, integrada e colaborativa na empresa como um todo, que deve necessariamente ser apoiada pela alta direção”, reforça Wilson. Mas segundo o estudo ainda há muito a ser feito, pois 32% das entrevistadas ainda utilizam processos tradicionais para contratar, com ciclos de revisão muitas vezes desajustados em relação ao progresso exigido e 67% têm menos de 10 equipes em toda a organização aptas a implementar métodos ágeis.
Definição de orçamento de TI x agilidade
O estudo contemplou a distribuição orçamentária das companhias latino-americanas para a implementação de métodos ágeis e constatou que, no ano passado, 58% delas destinaram mais de US$ 20 milhões para Tecnologia da Informação (TI) e mais de 65% investiram mais de US$ 1 milhão em projetos de agilidade, porém 42% destas empresas ainda não separa parte dos recursos para a definição das equipes de agilidade.
Entre as que desenvolveram projetos ágeis, só 18% conseguiram aplicar recursos diretos em suas equipes de agilidade, sendo que destas 30% optaram por fazer isto no modelo de despesas OPEX (Operational Expenditure), cujo custo operacional é menor e mais facilmente ajustável às necessidades oscilantes do negócio e da infraestrutura tecnológica. As demais 70% seguem o modelo CAPEX (Operational Expenditure), porque entendem que os métodos ágeis estão associados com o desenvolvimento de novos produtos ou funcionalidades.
Este é um avanço interessante considerando-se só 21% das empresas tinham orçamento anual para manter equipes de agilidade em 2017 e que não existia orçamento independente para equipes de agilidade em 35% delas, além de 29% das despesas neste sentido serem destinadas a alguns projetos específicos.
Leia a íntegra da pesquisa no link:http://bit.ly/everisEstudoAgile
A everis é uma empresa do grupo NTT Data, que oferece soluções de negócios, estratégia, desenvolvimento e manutenção de aplicações tecnológicas e outsourcing. A empresa, que desenvolve sua atividade nos setores de telecomunicações, instituições financeiras, indústria, serviços públicos, energia, administração pública e saúde, atingiu um faturamento de 1.173 milhões de euros no último ano fiscal. Atualmente, possui mais de 21.000 profissionais distribuídos em seus escritórios e centros de alto desempenho em 17 países.
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