A Transformação Digital deverá movimentar US$ 1,97 trilhão em investimentos em todo o mundo até 2022, segundo projeção da IDC. Dentro disso, o setor de governo terá uma boa fatia de participação, com aportes em áreas que ampliem a eficiência dos serviços prestados.
Ainda conforme a consultoria, a esfera governamental deverá manter aportes em armazenamento local, em data center, área que tende a crescer no país e no mundo a uma média anual em torno de 40% nos próximos anos.
Para aproveitar as oportunidades geradas por este mercado, empresas da área de tecnologia para a área pública definem estratégias baseadas em eficiência operacional como diferencial. Conforme Alexander Barcelos, diretor da LTA-RH, companhia voltada ao segmento, a eficácia dos serviços prestados pela esfera pública depende diretamente da tecnologia utilizada pelas instituições.
“Isso envolve planejamento e infraestrutura robusta. Serviços públicos precisam guardar muitas de suas informações internamente. Em suma, a transformação digital não se sustenta sem redes e servidores robustos”, afirma Barcelos. “Além disso, muitas das empresas públicas que já investem em suas infraestruturas de TI on-premise estão, atualmente, percebendo a necessidade de atualizar os parques para se transformar digitalmente, entregando melhores soluções e serviços”, complementa.
O diretor ressalta, ainda, que, aos poucos, as administrações públicas vêm percebendo os ganhos de eficiência e redução de custos trazidos pela inovação tecnológica. Dado que é corroborado por um estudo da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (Abep), que indica que a cada R$ 1 investido em TIC, governos estaduais economizam uma média de R$ 9,79 no ano seguinte.
“Em novembro, o governo federal deu um grande passo com o lançamento da Rede Nacional de Governo Digital, iniciativa para integrar o fluxo de informações entre as administrações federal, estaduais e municipais, além de compartilhar ferramentas e soluções tecnológicas no âmbito da gestão pública. O plano é aumentar o número de serviços online para o cidadão, tirando a necessidade de fazer isso presencialmente em repartições públicas”, comenta o especialista. “Este pode ser o pontapé para importantes investimentos na digitalização dos serviços públicos. Contudo, é fundamental cuidar para que tudo não vá por água abaixo devido a estruturas defasadas ou pouco otimizadas. Vamos prestar atenção”, finaliza.
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