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Conheça seis tendências para cibersegurança em 2019

LGPD será aliada das empresas na missão de proteger dados dos consumidores e evitar o vazamento de dados, aponta a Blockbit
Conheça seis tendências para cibersegurança em 2019

O ano de 2018 registrou inúmeros casos de vazamento de dados que resultaram em prejuízos financeiros e desgastes para a reputação de grandes empresas. Para a Blockbit, empresa global de produtos de cibersegurança, esses incidentes representam um dos grandes desafios de segurança dos próximos anos.

Segundo Marcel Mathias, Diretor de P&D da Blockbit, no Brasil, a partir de 2019 as empresas precisarão definir investimentos para estar em compliance com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), protegendo clientes de forma adequada, prevenindo o vazamento de dados e evitando severas penalidades.

As empresas precisarão definir investimentos para estar em compliance com a LGPD 

“As empresas passarão a se preocupar mais com a proteção de dados por conta do reforço da lei. Mas essa é uma mudança boa para o mercado, pois nos últimos anos vimos inúmeros incidentes ocorrer por falta de adoção de medidas de segurança da informação, seja em relação a tecnologia basilar, seja em relação a gestão eficaz”, comenta o executivo.

Principais tendências para 2019
Com base nos principais incidentes de segurança que ocorreram 2018, a Blockbit avaliou seis tendências que deverão guiar a segurança da informação.

1. Privacidade com transparência
A LGPD determina a adoção de medidas técnicas de segurança, mas não define quais. E para definir medidas adequadas, as empresas precisão aumentar a visibilidade sobre o seu ambiente de TI. As ferramentas de proteção ativa contra ameaças (detecção) serão importantes, mas também as de gestão de vulnerabilidades (prevenção) e registro de atividades (auditoria). Segundo Mathias, “além da proteção, para estar em conformidade as organizações também devem estar preparadas para reportar eventuais incidentes e ataques aos órgãos competentes. Esse estágio também demanda tecnologia integrada a todas as ferramentas e garante não apenas a conformidade com a lei, como mais transparência”.

2. Menos complexidade na gestão de cibersegurança
“As empresas devem estar preparadas para ameaças cada vez mais avançadas, mas precisam de soluções que simplifiquem suas análises, tornando a tomada de decisão mais ágil”, defende o executivo, para quem os próximos anos serão decisivos para posicionar a segurança da informação como fator estratégico para as empresas. Para investir mais em cibersegurança, o mercado demandará soluções mais integradas, que diminuam a complexidade da gestão de segurança e overhead financeiro e técnico.

3. Segurança no escopo
Mathias alerta para a necessidade urgente que é adotar segurança desde o escopo de desenvolvimento (security by design) de qualquer produto ou serviço. A internet das Coisas (IoT), a computação em nuvem e as soluções para mobilidade avançam ano a ano e será preciso oferecer uma experiência mais segura para os usuários.

4. Máquinas inteligentes
Outra tendência crescente é o uso de machine learning. Porém esta é uma faca de dois gumes. Por um lado, a indústria está evoluindo e empregando técnicas baseadas em aprendizado de máquina para detectar ameaças e ataques. Por outro, esse mesmo aprendizado pode ser aplicado pelos criminosos, para desenhar e customizar suas técnicas. Ou seja, como é utilizada para garantir a segurança das informações, a tecnologia também será aplicada para desenvolver ataques cada vez mais sofisticados.

5. A onda de sequestros continua
Ransomware continuará a preocupar nos próximos anos, porém inaugurando uma nova era de ataques mais direcionados. Com a perspectiva maior retorno financeiro, os alvos serão principalmente as pessoas jurídicas e os ataques mais customizados.

Contudo, a onda de sequestros abrangentes não perderá força, porém a principal ameaça será o criptojacking, um golpe baseado na exploração de dispositivos (mobile e desktop) para minerar criptomoeadas. A diferença desta técnica é que não interessa ao atacante bloquear as funções do dispositivo, como no caso do ransomware. Ao contrário, interessa a exploração anônima de um dispositivo em pleno funcionamento, para minerar por mais tempo.

Em ambos os casos, haverá uma grande demanda de uso de serviços de Threat Intelligence, monitorando atividades na Deep Web, onde há uma rede de troca de informações e venda de aplicações maliciosas para promover estes tipos de ataque.

6. Atenção às técnicas básicas
Embora não sejam novidades, ataques distribuídos (DDoS), ataques baseados em força bruta e, principalmente, as técnicas a serviço da engenharia social, que focam na camada humana, continuarão crescendo. A evolução dos formatos de phishing e fraudes cibernéticas é um grande ponto de atenção e demanda que as empresas sejam diligentes na gestão de segurança e incentivem os seus usuários a conhecer mais sobre cibersegurança. “O aperfeiçoamento na engenharia social é constante, pois funciona como uma primeira etapa para diversos tipos de golpes, explorando a camada mais suscetível a falhas, que é o usuário”, finaliza Mathias.

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