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Fintech põe fim às filas das baladas

Fintech põe fim às filas das baladas

Por melhor que seja a casa noturna, o momento de pagar a comanda é sempre um transtorno. Além da demora na fila, é, muitas vezes, horas de se deparar com gastos que o consumidor não reconhece. Para o estabelecimento, este é um processo moroso e complicado, que mobiliza uma série de funcionários e ainda pode gera má reputação entre os seus clientes. Levantamentos dão conta que a espera nas filas de alguns estabelecimentos da capital paulista supera de duas horas.
Para acabar com o problema, a fintech brasileira PayParty, criou um aplicativo de mesmo nome que possibilita o pagamento de consumo em casas noturnas, bares, restaurantes, lounges e baladas. Em setembro, a empresa foi eleita a fintech mais inovadora do Brasil no Innovationpay 2018, a maior feira de meios de pagamentos do Brasil.
O aplicativo tem hoje uma base de mais de 30 estabelecimentos cadastrados no Brasil e três nos Estados Unidos. A estreia em Miami ocorreu em agosto deste ano, durante um show da dupla Jorge e Mateus no Xfinity East Plaza, na American Airlines Arena. “Ainda este ano, devemos iniciar operações em Portugal. Nos próximos meses, o aplicativo deve estar em uso em outros países da União Europeia”, diz Vinícius Rezende, CEO da PayParty
A ideia do aplicativo surgiu após Resende, que trabalhava havia anos com eventos, perdeu um malote cheio de fichas de pagamento. “Foi um tremendo prejuízo. Meu pagamento dependia daquelas fichas. Foi aí que comecei a pensar no aplicativo”, conta.
O app é baixado nos celulares de garçons e frequentadores de casas noturnas e baladas em geral. Cada pedido é registrado no QR Code do cliente, que fica sabendo, em tempo real, quanto já gastou na noite. Ao mesmo tempo, é registrado no sistema da casa. Na hora de ir embora, ao invés de encarar filas, o consumidor faz o pagamento pelo aplicativo.
Além da economia com pessoal, os estabelecimentos que adotaram o PayParty podem conhecer hábitos e gostos de consumidores e convidá-los para eventos que se adequem a seu perfil. “Pode-se identificar o público que gosta de determinado tipo de balada e realizar ações de marketing direcionadas a determinados tipos de consumidores. Por exemplo, pessoas que consomem gin, podem receber, em suas casas, garrafas da bebida. É uma ação que torna a marca ou a casa, inesquecível para a pessoa”, comenta.
Uma das primeiras casas a adotar o aplicativo foi o Royal Club, uma das baladas mais frequentadas de São Paulo desde a sua inauguração, em 2007. Segundo o dono do estabelecimento, Cleyson Almeida, a tecnologia, além de facilitar a cobrança, o PayParty melhorou a gestão de estoque, pois ao acompanhar em tempo real o que é consumido no evento, é possível tanto providenciar a reposição de produtos muito demandados quanto realizar uma promoção daqueles que registram poucas saídas. “Se há muita cerveja em estoque e as bebidas que saem são outras, é possível disparar, pelo celular, uma promoção na hora em que as pessoas estão no evento, por exemplo”, diz. O empresário acrescenta que a PayParty, além de auxiliar o maior controle de todas as vendas, reduziu a exposição da casa a fraudes.
Vários outros serviços podem ser agregados ao aplicativo e indicados ao usuário à medida que seu consumo é transmitido em tempo real. “Se a pessoa consumiu bebidas alcoólicas, pode-se oferecer um Uber ou um 99 Táxi pelo aplicativo. Já para o organizador de um evento, à medida em que os dados dos frequentadores são registrados, várias unidades, seja de táxis ou de serviços de compartilhamento de viagens ou táxis, podem ser encaminhadas ao local para suprir aquela demanda”, afirma Rezende.

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