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Apple entra definitivamente no mercado de realidade aumentada

Apple entra definitivamente no mercado de realidade aumentada

*Fernando Godoy

A Realidade Aumentada (RA) vem chamando cada vez mais a atenção das grandes empresas de tecnologia do mundo. E não poderia ser diferente, afinal, ela deve movimentar cerca de 200 bilhões de dólares nos próximos quatro anos. Nesse sentido, a novidade mais recente foi uma aquisição feita pela Apple. A gigante americana comprou a Akonia Holographics, startup focada no desenvolvimento de lentes para óculos de Realidade Aumentada.

Ações e pretensões da Apple em relação à Realidade Aumentada

Ao comprar a Akonia, a Apple demostra claramente a sua intenção de investir forte em RA. Embora os valores da negociação não tenham sido divulgados, a multinacional deve fazer vultosos investimentos na ampliação da startup. Até porque, segundo especulações recentes, a Apple deve lançar óculos ou headsets de RA nos próximos anos.
Isso nos levar a pensar que a empresa tem como estratégia reinventar os óculos, exatamente como aconteceu com os celulares. Sendo que, provavelmente não lançando modelos similares aos que já existem com essa tecnologia, mas sim óculos iguais aos tradicionais, que usamos para corrigir falhas na visão. E é por meio disso que talvez se concretize a possibilidade de eles substituírem os smartphones.

A Realidade Aumentada no âmbito das maiores empresas de tecnologia do mundo

Os principais players do mercado global de tecnologia (Google, Apple, Facebook…) estão investindo forte nas suas equipes de desenvolvimento de Realidade Aumentada, Virtual e Mista.
Além do destaque para a recente aquisição da Apple, a Google também tem se movimentado bem nesse sentido. Um exemplo disso foi o lançamento, em agosto (2018), dos óculos de realidade mista Magic Leap One. Eles foram desenvolvidos pela Magic Leap, que é uma startup americana sediada na Flórida e que recebeu investimentos de alguns bilhões de dólares por parte da Google.
O Facebook também caminha rumo à utilização dessas tecnologias. Tanto que a empresa já investe no Oculus Rift e em Realidade Virtual (RV). Ou seja, há um movimento muito firme de todas as grandes companhias tecnológicas no sentido de adotar definitivamente essas novas possibilidades. Sendo que comprar e/ou trabalhar com startups especializadas em RA, RM e RV é um dos melhores caminhos para isso.

Os altos valores desse mercado são (ainda) uma barreira

O principal aspecto que prejudica a popularização dos produtos que utilizam Realidade Aumentada ainda é o preço. É exatamente por isso que as grandes empresas de tecnologia, além da aquisição de startups, estão investindo forte em pesquisas e desenvolvimento de novas possibilidades dentro dessa área. E isso tende a gerar um declínio nos preços, mesmo que ainda demore alguns anos.
De qualquer forma, os principais produtos desse mercado têm valores bem elevados atualmente. A versão básica do Magic Leap One, por exemplo, custa 2.295 dólares. O valor é semelhante ao do Microsoft Hololens (US$ 3.000), que é o seu principal concorrente.

No caso específico dos óculos, também é necessário evoluir bastante no tocante à usabilidade. Muitos usuários destacam que eles ainda são desconfortáveis. E esse é um problema no qual as empresas devem trabalhar com o intuito de eliminá-lo.
Dessa forma, mesmo diante de apostas no sentido de que os óculos vão substituir definitivamente os smartphones, a tendência é que isso demore vários anos para se concretizar.
Apesar de ainda existirem muitos desafios para as empresas, a Realidade Aumentada é um caminho sem volta. E esse movimento dos principais players do mercado deixa isso bem claro. A tendência é que, além de baratear os produtos, essa “disputa” gere uma série de novidades dentro dessa área. E o resultado final de tudo isso é a disponibilização de alternativas cada vez mais ágeis e úteis para a nossa vida. Ou seja, todos nós temos muito a ganhar com esses avanços tecnológicos.

*Fernando Godoy é CEO da Flex Interativa

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