book_icon

Smart cities começam pelas redes convergentes

Smart cities começam pelas redes convergentes

Especialista da CommScope destaca as estratégias fundamentais para a disseminação da conectividade em cidades inteligentes

*Por Eduardo Jedruch

As chamadas smart cities (cidades inteligentes, que adotam inovações tecnológicas) irão melhorar a qualidade de vida de seus habitantes, além de tornar os governos locais mais eficientes quanto ao atendimento das necessidades de seus moradores. Smart city é o novo “termo da moda”, assim como IoT (a Internet das Coisas) foi nos últimos 5 anos. Da segurança ao conforto e mesmo à geração de renda, as aplicações para smart cities mudarão a forma como as cidades funcionam e como vivemos e trabalhamos. No entanto toda essa mudança está diretamente ligada com aos sistemas de comunicação.

Para que isso se torne realidade, moradores, veículos, sistemas e aplicativos precisam estar conectados por meio de redes cabeadas e também redes sem fio. Sensores e dispositivos conectados à Internet estarão em todos os lugares, assim como aplicativos de compartilhamento de dados, como por exemplo aqueles que gerenciam o trânsito, estacionamento dinâmico, Wi-Fi público, medidores inteligentes e segurança pública com prédios inteligentes, estádios e centrais de trânsito.

Contudo, nada disso será possível sem redes que conectem os dispositivos e aplicativos de IoT. Sistemas de redes de telecomunicações disseminados por toda a região são um pré-requisito para a existência de uma smart city. Redes de comunicação fornecem as conexões essenciais entre os serviços e dispositivos que processam e agem de acordo com as informações coletadas.

Os service providers (provedores de serviços) são geralmente as empresas responsáveis por implementar as redes que conectam usuários e a IoT. Redes com fio utilizam cabeamentos novos e atuais de fibra e de cobre (par trançado ou coaxial) para conectar prédios e também outros terminais, como pontos de acesso Wi-Fi, câmeras de monitoramento, small cells e sistemas de antenas distribuídas (DAS, da sigla em inglês). Já os protocolos de redes sem fio incluem Wi-Fi, LTE, 5G, Bluetooth e Zigbee, entre outros.

E como construir uma cidade com conexão em todos os lugares? Aqui estão quatro estratégias essenciais:

Visão de longo prazo
Muitas cidades procuram soluções a curto prazo com resultados menos expressivos, como a troca da iluminação pública por lâmpadas de LED. No entanto, especialistas em planejamento urbano devem se atualizar sobre tecnologias emergentes e se prepararem para o seu uso. Por exemplo, uma cidade que instalou um sistema básico de câmeras de segurança em postes de luz, mas ao mesmo tempo não instalou um sistema de conexão com fibra óptica que resultasse na possibilidade de instalação de small cells nesses postes ou até na implementação de um sistema de reconhecimento facial instantâneo nas câmeras. Com a adição dessa conectividade no mesmo momento da instalação da câmera de segurança, o custo seria um pouco maior. No entanto, o custo será ainda mais alto para posteriormente atualizar a estrutura para a conectividade mais moderna.

Com o intuito de evitar a necessidade de um grande upgrade futuro dessas redes, os especialistas em planejamento urbano devem se adequar às tecnologias emergentes. Por isso é importante o contato constante com fabricantes e provedores de redes de conexão para o desenvolvimento de um plano de soluções para um longo prazo. Por exemplo, algumas cidades na Suécia e nos Estados já implementaram redes de fibra de alta velocidade ao redor da cidade com largura de banda suficiente para suportar dispositivos IoT e serviços futuros.

Plano para a convergência entre redes com e sem fio
A convergência para uma única estrutura de rede (com e sem fio) para maximizar sua utilização faz todo sentido. O custo para manter redes separadas é substancial. Exemplos reais incluem a implementação de redes fiber-to-the-home (FTTH). Meses depois de adotadas, a mesma equipe de construção desenterrou a rede na mesma rua, para acrescentar fibra a uma célula, o que é um desperdício. Convergência de redes significa o desenvolvimento para plataformas diferentes. É necessário lembrar da abordagem da flexibilidade e escalabilidade dessas redes para atender às necessidades de hoje e do futuro, com a expansão da perspectiva da eficiência econômica.

As cidades estão ainda mais complexas, e é provável que diferentes tipos de redes, construídas por operadoras de telecomunicações tradicionais, operadoras de cabo, empresas como o Google, serviços públicos e pelos próprios municípios tenham que coexistir. O surgimento da quinta geração do serviço de redes sem fio (5G) traz a possibilidade de mais uma rede fixa de suporte, se sua implementação não for planejada de forma adequada.

Os profissionais do planejamento urbano necessitam pensar sobre a convergência dessas novas redes para evitar custos e aumentar a eficiência. Já existem redes convergentes dentro de prédios (um backbone Ethernet trafega voz, dados, vídeo e dados móveis); essa tendência deve ser estendida para as cidades, com redes de fibra convergentes. Algumas cidades inovadoras estudam a possibilidade de instalação da chamada Universal Telecommunications Connectivity Grid (UCTG), uma rede universal de comunicação que pode conectar dispositivos com fio e sem fio.

Planos para a onipresença
Com o intuito de realizar a convergência de redes em toda a cidade, um dos maiores desafios é levar a conectividade tanto àqueles que têm acesso como os que ainda não têm. Operadores de redes sempre trabalharam para atender os que têm acesso, ou seja, os clientes que podem pagar, enquanto os menos privilegiados não se conectam. As cidades precisam acabar com essa separação digital ao garantir que tanto o comércio, indústria e moradores tenham acesso adequado a serviços de banda larga, com ou sem fio.

Financiamento para a inovação
Poucas cidades ao redor do mundo podem arcar com o custo de implementação da próxima geração de redes, portanto, para fazer essa obra é necessário criar parcerias tanto com provedores de serviços, operadoras de utilities e outras organizações que podem financiar esses grandes projetos. Obtenção simplificada de licenças, acordos de infraestrutura e parcerias público-privadas são alguns modelos que podem ser seguidos.

As ofertas de serviços de cidades inteligentes ainda estão em fase inicial, mas conexão de alta velocidade confiável por todos esses municípios é uma necessidade essencial que os gestores podem começar a resolver hoje. Ao planejar agora, criando a base para as redes convergentes de fibra, as cidades estarão preparadas para serem realmente inteligentes no futuro.

*Eduardo Jedruch é gerente regional da área de vendas da CommScope e presidente na América Latina da Fiber Broadband Association

Sobre a CommScope:
A CommScope (NASDAQ: COMM) ajuda as empresas no design, construção e administração de suas redes cabeadas e wireless em todo o mundo. Como líder em infraestrutura de telecomunicações, moldamos as redes do futuro. Por mais de 40 anos, nossa equipe global de mais de 20.000 empregados, inovadores e técnicos capacitam os clientes de todas as regiões do mundo a antecipar o que está por vir e ultrapassar os limites do possível. Descubra mais em http://pt.commscope.com/

Contatos da CommScope para a imprensa:
Punto Comunicação:
Bruna Valentim – [email protected] – (55 11) 99446-0621 ou (11) 3862-6950
Daniel dos Santos – [email protected] – (55 11) 99868-6904
Fabiana Macedo – [email protected] – (55 11) 98505-5282

As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem exclusivamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da Infor Channel ou qualquer outros envolvidos na publicação. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da Infor Channel.