Por Diogo Lupinari *
Em tempos de selfie, quem nunca aproveitou a companhia de uma pessoa popular ou posou para uma foto em um lugar bacana para promover-se nas redes sociais? A ideia é uma só: agregar valor à sua própria imagem.
Pode parecer que o parágrafo acima não tem nada a ver com a relação de e-commerces e marketplaces que está no título deste texto. Mas hoje, com a popularidade dos chamados “shoppings virtuais”, ele resume perfeitamente o que significa colocar os produtos da sua loja nessa grande vitrine digital: aproveitar a popularidade e a credibilidade de marcas consolidadas no mercado para atrair audiência e aumentar as conversões.
Não há dúvidas que o modelo de negócios de marketplaces chegou para ficar. De acordo com dados divulgados pelo Ebit, o faturamento de 2017 neste canal foi equivalente a R$ 8,8 bilhões, representando 18,7% do total de R$47,7 bilhões que o comércio eletrônico brasileiro arrecadou.
O formato de marketplace se popularizou, pois, para o usuário, é muito mais cômodo buscar e pesquisar seus produtos num único site de vendas. Além disso, essas redes comerciais já são do conhecimento e da confiança do consumidor online.
No entanto, isso não quer dizer que o lojista que já digitalizou suas operações em uma loja de e-commerce convencional deva desativar sua página e migrar todas suas prateleiras para dentro dos shoppings virtuais. Na verdade, as estratégias comerciais correm em paralelo, e as integrações múltiplas apenas ampliam as possibilidades de vendas – o mesmo raciocínio vale para a relação loja física versus loja virtual, que, como se sabe, dividem um mesmo comprador “omnichannel”.
Além disso, o ambiente de marketplace é uma excelente estratégia de divulgação do negócio para quem não visitou seu e-commerce ainda. Assim, para ficar na analogia da selfie nas redes sociais, a loja faz algo parecido como quando o usuário marca a pessoa na sua foto ou faz um “check-in” no lugar em que esteve e, deste modo, atrai a atenção de gente de fora da sua rede de amigos, criando novas possibilidades de contatos.
Sendo assim, o mais inteligente nessa hora é aproveitar todos os caminhos digitais disponíveis e conectar os estoques das lojas às vitrines mais bem posicionadas no ambiente de vendas online. Até porque nessa relação todos saem ganhando: e-commerce e marketplace aparecem na mesma foto e o consumidor é quem “curte”.
*Diogo Lupinari é CEO e cofundador da Wevo – [email protected]
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