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Do sonho do negócio autônomo à realidade da expansão

Como a então designer decidiu seguir a carreira de fotógrafa e passou a gerir o próprio negócio

Edith Schmidt (55), fotógrafa, nem sempre se apresentou com esta profissão. Até os 48 anos foi designer e sócia de uma agência de comunicação. Ao longo do tempo também trabalhava com fotografia fazendo fotos de amigos e conhecidos, até que decidiu, segundo ela, por um empurrãozinho da vida, entrar com tudo no mundo das câmeras. Aprendeu a gerir o próprio negócio e seu próximo passo é abrir um estúdio em seu apartamento e manter o investimento em novos equipamentos de trabalho.

E, assim, Edith mudou da água para o vinho. Da sociedade para o home office, da criação artística em softwares de edição para as planilhas de fluxo de caixa. “Minha maior dificuldade no começo foi organizar as contas. As amigas me ajudavam com templates de planilhas para gerenciar entradas e saídas de fluxo do caixa, mas sempre acabava perdendo o prazo de cobrar clientes em serviços parcelados, por exemplo”, diz a empreendedora.

E a partir de 2013, a realidade na gestão das finanças iniciou um novo rumo. Foi neste período que ela passou a usar o QuickBooks, para controlar e equilibrar o caixa. “Passei a usar essa ferramenta por indicação de uma amiga e aprendi sozinha a organizar os lançamentos, despesas fixas, despesas variáveis, impostos a pagar e a acompanhar a evolução de cada mês”, diz Edith.

Após a mudança organizacional, Edith foi mais longe e passou a terceirizar a contratação de fotógrafos freelancers, quando os eventos eram maiores. Em processo de mudança do nome do negócio para Edith Schmidt Fotografia e com a criação de um estúdio dentro do seu apartamento, potencialmente virão novos clientes e entregas de produtos (álbuns, books etc).

“Todo empreendedor sabe que a tarefa de gerir por conta própria, da contabilidade aos investimentos em materiais, não é fácil. Mas todo empreendedor também sabe – ou deveria saber – que é preciso estudar, se informar e foi o que eu fiz”, conta a fotógrafa. Edith aproveita ainda para complementar sobre a divisão das finanças: “Parece óbvio, mas a necessidade de separar as contas de pessoa física e pessoa jurídica não é percebida com a rapidez que deveria”.

Por fim, o novo olhar de empreendedora permitiu que Edith fosse ainda mais longe ao aprender a usar a função de histórico de trabalhos, disponível no QuickBooks. “Costumo verificar sempre no ano anterior os eventos em que já trabalhei. Caso tenha feito um aniversário, por exemplo, e vejo que a data está próxima, entro em contato com a família e às vezes consigo agendar ensaios ou fotos em novas festas”, explica.

A partir de sua experiência, Edith lista algumas dicas para quem está começando:

Dinheiro é importante, sim!
Como já trabalhava em paralelo como designer, consegui fazer cursos e comprar equipamentos antes de iniciar efetivamente o negócio. Ter uma reserva inicial é extremamente necessário para conseguir tocar o projeto, já que os lucros requerem primeiro diversos investimentos e muita paciência.

De olho no negócio
Comecei com as planilhas simples, mas a importância de ter certeza de cada prazo e de cada quantia que entrava e saia, falaram mais alto e procurei opções que me dariam a tranquilidade neste controle.

A hora de cobrar mais caro
Passei a identificar quando tinha que aumentar a precificação dos meus produtos. Isso só foi possível acompanhando a evolução de cada mês e fazendo as contas do que era investido versus o que estava recebendo em oferta.

Aprender é mais que preciso
Assim como faria se estivesse no mercado de trabalho, procuro fazer para o meu próprio negócio. Investir em cursos, workshops e palestras da minha área, além de aprimorar os meus conhecimentos, me faz conhecer novos profissionais que podem ajudar no meu desenvolvimento.

Santo empurrãozinho!
Demorei para ter coragem de trabalhar com fotografia. Com 48 anos e 15 de carreira em Design, sentia que era hora de trabalhar com outra coisa, mas sempre adiava. Foi após um empurrão que consegui tomar coragem. E hoje, se soubesse que seria assim, teria feito muito antes.

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