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Cloud Brokers: quem são e o que fazem?

Nova atividade na área da tecnologia surge devido ao aumento da demanda por soluções nuvem
Cloud Brokers: quem são e o que fazem?

Executivo simula alta disponibilidade de acesso em tabletA infraestrutura em nuvem e o crescente leque de opções desse serviço vêm se popularizando no Brasil e a estimativa é que o investimento das empresas nessa tecnologia cresça 40% em 2018 em toda a América Latina, conforme dados da IDC Brasil. Pesquisa da Gartner diz que, até 2020, a   expectativa é que 90% das empresas tenham todos os seus dados na nuvem.

Um cloud broker pode oferecer uma estrutura híbrida, disponibilizando recursos conforme a demanda e evitando que uma empresa abandone sistemas em que investiu anteriormente

Essa demanda toda fez surgir uma nova atividade no País: a de Cloud Broker, uma espécie de corretor de nuvem que atua como um intermediário na negociação entre empresa e fornecedor com o diferencial de ter o know-how de mercado para aconselhar a respeito de quais serviços irão se adequar melhor às necessidades da empresa, gerando mais economia e maior funcionalidade.

“Trabalhar só com cloud já não é mais suficiente. Os clientes querem quem ofereça cada vez mais nuvens híbridas, estruturas multicloud e recursos como o balanceamento de carga, controle e visibilidade. Essas novidades permitem integrar os antigos data centers e oferecem uma relação mais vantajosa no custo do serviço”, explica o diretor de Tecnologia e Inovação da cloud broker Teltec Solutions, César Schmitzhaus.

Porque procurar um cloud broker?

Diferentes motivos levam uma empresa a procurar por um cloud broker. A desenvolvedora de aplicativos corporativos mobLee, por exemplo, mantinha uma sede nos Estados Unidos e quando migrou para o Brasil precisou regularizar o pagamento de impostos relacionados à plataforma da Amazon. Para isso, recorreu à Teltec Solutions para definir quais as tecnologias ideais para essa operação. A estrutura que antes se baseava em banco de dados tradicional, na nuvem AWS passou para Aurora, e a empresa já avalia a estruturação de um novo serviço complementar, que está em prospecção.

As soluções oferecidas por um cloud broker também podem servir para escalar a demanda de manutenção de aplicações e bancos de dado web, sobretudo quando o diagnóstico pode demorar muito para ser feito pelo fornecedor. A ExactSales, empresa catarinense que oferece ferramentas de controle de funil para vendas complexas por meio de uma metodologia própria, tinha a necessidade de ter um suporte técnico para situações críticas de forma rápida e que estivesse perto. “Nosso fornecedor internacional demorava muito para resolver os problemas. O broker que contratamos manteve nossa plataforma, é parceiro da mesma empresa mas nos atende de forma extremamente rápida”, afirma o sócio-fundador e CTO da ExactSales, Felipe Roman.

Um cloud broker pode oferecer uma estrutura híbrida, disponibilizando recursos conforme a demanda e evitando que uma empresa abandone sistemas em que investiu anteriormente, de uma hora pra outra. É possível contratá-lo para atender apenas o excedente, por exemplo, de forma temporária ou permanente, e não desperdiçar o que já foi aplicado em tecnologia no passado. Segundo Schmitzhaus, essa opção permite que se faça o chamado “balanceamento de carga”, quando é possível contar com estruturas baseadas em cloud e direcionar o tráfego de um site ou o armazenamento de arquivos e sistemas para servidores locais ou remotos. “É melhor para todo mundo: os clientes usufruem do investimento que fizeram por mais tempo e os brokers popularizam a tecnologia”, diz.

Outra tendência identificada num cenário cada vez mais integrado e que exige um olhar experiente de um cloud broker é o conceito de multicloud. Ele sugere que o serviço de computação em nuvem seja prestado não somente por uma empresa — Amazon, por exemplo — mas por várias. “Imagine que cada empresa ofereça um serviço melhor que a outra. O Cloud Broker tem condições e conhecimento necessário para escolher vários fornecedores, de modo que o cliente receba o melhor de cada área”, explica César.

O fornecimento de soluções sob demanda fez a Teltec migrar do modelo de uma prestadora de serviços de telecomunicações para o de uma integradora de soluções baseadas na computação em nuvem — isso ao longo de 26 anos de história. “Saímos do analógico para mergulharmos 100% no mundo digital”, diz o diretor-geral da empresa de Florianópolis, Diego Brites Ramos. Hoje o posicionamento segue uma tendência de especialização ainda maior e a companhia oferece soluções orientadas aos resultados dos clientes, fazendo com que os mesmos tirem o melhor partido das novas tecnologias emergentes.

“Atendemos o Sebrae, as faculdades ENIAC e inúmeras outras empresas, levando a elas soluções específicas que não vêm de um só fornecedor”, diz o diretor de tecnologia, César Schmitzhaus. Para ele, que garante que há mais mercado do que prestadores de serviço neste segmento no Brasil, a mudança de perfil costuma demorar porque as empresas não têm qualificação e estão acostumadas a um modelo mais tradicional. “Mas quem não se adaptar verá o faturamento cair vertiginosamente ou deixará de existir”, finaliza.

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