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4 milhões de micro e pequenas empresas serão beneficiadas pelo novo cadastro positivo

Um estudo realizado pela ANBC (Associação Nacional dos Bureaus de Crédito) mostra que o novo modelo de Cadastro Positivo terá um forte impacto na geração de negócios no país, com uma expansão do crédito às empresas de todos os portes, da ordem de R$ 790 bilhões – ou 12% do PIB. O estudo também constatou que a principal fatia desse total, no valor de R$ 550 bilhões (ou 8,4% do PIB), caberá às micro e pequenas empresas, que empregam parcela significativa da mão de obra do país.

Segundo Elias Sfeir, presidente da ANBC, a divulgação desse novo estudo confirma a importância do Cadastro Positivo para a economia brasileira, ao promover a inclusão automática do consumidor nessa base de dados. Do ponto de vista do consumidor, sua importância se revela pela inserção de 22 milhões de pessoas hoje excluídas desse mercado e pela forte redução da inadimplência, que atinge atualmente 60 milhões de brasileiros. Do ponto de vista das empresas, pelo estímulo aos negócios em geral e, principalmente, às atividades das micro e pequenas empresas, que terão mais disponibilidade de crédito e a custo mais baixo – o que permitirá que continuem contribuindo para a geração de empregos no país.

O estudo da ANBC foi realizado junto a empresas dos diversos estados brasileiros e mostrou que a média de aprovação de crédito, que é de 46,3% sem o Cadastro Positivo, sobe para 66,7% com ele – portanto, um aumento de 20,4%. Constatou, ainda, que o número de micro e pequenas empresas com acesso ao crédito, que é de 9,2 milhões, aumenta para 13,2 milhões com o novo Cadastro Positivo, um acréscimo de mais de 4 milhões de empresas – ou de 44%.

“A aprovação desse novo modelo, que está em votação no Congresso Nacional, trará uma forma mais abrangente e inclusiva de conceder crédito, tendo como base o histórico de endividamento de um cidadão ou empresa e a forma como paga suas dívidas com instituições financeiras, empresas de comércio e de serviços como água, gás, energia elétrica e telefonia”, observa Sfeir. Ele resume os principais motivos a favor da aprovação do novo Cadastro Positivo:

– O novo modelo com inclusão automática vai expandir a oferta de crédito, porque irá gerar maior competitividade entre os credores. Quem tiver bom histórico financeiro garantirá boas notas e maior oferta de crédito; portanto, a negativação não será mais a protagonista na análise de risco de crédito.

– O sigilo bancário segue a regulação existente e é garantido, pois apenas a nota de crédito (escore) estará disponível. Além disso, é o consumidor quem autoriza a abertura de suas informações ao credor.

– Com riscos menores, os credores poderão ofertar crédito a taxas mais justas, o que contribui para reduzir o grau de endividamento e a inadimplência.

– Somente os bureaus de crédito autorizados pelo Banco Central receberão informações de instituições financeiras e prestadores de serviços (como água, luz, gás e telefone), que serão utilizadas exclusivamente para avaliação de crédito.

– O tomador de crédito (pessoa física ou jurídica) que não quiser fazer parte do cadastro poderá pedir sua exclusão a qualquer momento, de múltiplas formas. Todas as instituições que integram o CP, como os gestores do banco de dados, fornecedores da informação e quem consulta, operarão conforme o Código de Defesa do Consumidor.

– O Cadastro Positivo é uma iniciativa apoiada pelo Banco Central e pelo Ministério da Fazenda com o objetivo da inclusão financeira da população, impulsionando a economia.

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