Por Walter Sabini Junior*
A cobertura da Internet 4G ainda não é realidade na maior parte do mundo. Ainda assim, o mercado de Tecnologia, desenvolvedores e operadoras de telefonia já começam a falar com mais afinco sobre a chegada da quinta geração de conectividade móvel, o 5G, em países como Estados Unidos e Japão.
As primeiras redes móveis estão previstas para chegar entre 2019 e 2022, mas se ainda não é possível cravar uma data, já se sabe como elas podem revolucionar. A velocidade é um dos principais pontos: a operadora japonesa DoCoMo conseguiu atingir 2 Gigabit por segundo (Gbps), o equivalente ao dobro das melhores conexões 4G (LTE), enquanto a Samsung afirma ter alcançado 7,5 Gbps. Além de mais rápida, a rede deve contar com um sinal de frequência mais alta, o que diminuirá a latência e a interferência de obstáculos, aumentando a cobertura.
É por essa abrangência e efetividade na transmissão dos dados que a 5G já está sendo nomeada como a tecnologia responsável pela popularização da Internet das Coisas (IoT, em inglês), a era em que a conectividade deve multiplicar para trilhões o número de dispositivos conectados à rede. Junto a isso, deve continuar revolucionando também o comportamento dos usuários como consumidores.
Se, nos dias de hoje, o indivíduo está cada vez mais acostumado com experiências que primam pela praticidade por meio de aplicativos para smartphones, esses dispositivos assumirão o protagonismo como carteiras virtuais também no mundo físico. Pagamento por aproximação ou pelo aplicativo da loja em tempo real já são realidade nas redes de varejo que olham para o futuro.
Uma alternativa amplamente adotada é o uso de dispositivos com sensores para mapear, por meio do número de identificação do smartphone, o comportamento do cliente dentro do estabelecimento comercial. Como em uma loja virtual, é possível analisar os pontos mais “quentes”, o tempo de permanência, a frequência de visita, entre outros índices. Vale lembrar que hoje apenas é possível ter essa mensuração quando o smartphone está aberto para se conectar a uma rede wifi, isso se reflete em torno de 60% a 70% do fluxo.
O consumidor conectado já bate à porta. Portanto, cabe ao varejista investir em tecnologia para identificar e analisar suas ações e anseios, para aprimorar o atendimento e fidelizar o cliente.
*Walter Sabini Junior é sócio fundador da FX Retail Analytics, empresa que oferece inteligência para o varejo por meio do monitoramento de fluxo.
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