O investimento em TI nas empresas no Brasil deve observar em 2018 uma leve aceleração saltando de 7,6%, em 2017, para 7,7% em 2018, segundo mostra a 29ª pesquisa anual da GVcia, da FGV. Focada nos gastos que médias e grandes empresas dispensam para TI, o levantamento apontou que o crescimento projetado de 0,1% para este ano acontece depois de dois anos de estabilidade no índice. Os principais vetores que puxarão a alta dos gastos são os setores de bancos e serviços.
Segundo o professor titular de TI da FGV-EAESP, Fernando Meirelles, mesmo com a retração da economia local nos últimos anos, o uso e o gasto em TI nas empresas continuam crescendo.
“O mercado esteve estável durante todo o tempo que medimos. Teve um crescimento acelerado na época do bug do milênio e deve observar uma nova onda de aceleração nos próximos anos”, pontua. Segundo o professor, a relação do crescimento do investimento é diretamente proporcional à representatividade que o setor tem no PIB do país. No Brasil, o setor de TI representa 8%.
A pesquisa aponta que o celular acelera a transformação digital nas empresas e domina a ruptura no uso, compra e comportamento digital. Atualmente, a base de smartphones no Brasil é de 220 milhões, o que representa mais de 1 celular per capita. Se somados computadores, tablets e notebooks são 306 milhões, o que aumenta a proporção para 1,5 dispositivo por pessoa.
Um dado interessante, segundo o professor Meirelles, é que mesmo com a estabilidade nas vendas de computadores – há três anos as vendas representaram 24 milhões de unidades e nos últimos dois anos estacionaram em 12 milhões -, a comercialização de notebooks cresceu em 2017.
Segundo Meirelles, quando questionados sobre qual o objetivo do investimento, as respostas das empresas contemplaram na maioria três principais palavras chaves: atualização, implementação e integração.
A pesquisa também apontou que o gasto em inteligência analítica, que engloba sistemas de BI, é responsável por boa parte do lucro de fabricantes como SAP, Oracle, TOTVS, Microsoft, IBM e Qlik, que nessa ordem são líderes com 93% do mercado.
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