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Um hacker em sua geladeira?

Após demonstrarem excepcional habilidade em roubar dados sensíveis das mais diversas fontes – desde grandes lojas, bancos, provedores de Internet e até da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) – os hackers querem diversificar suas ações e estão buscando brechas de segurança até em eletrodomésticos aparentemente inofensivos, como câmeras, televisores e geladeiras.

Depois dos computadores e dos smartphones, agora é a vez dos aparelhos que utilizamos em nossa residência e que estão conectados de alguma forma à Internet. E o pior é que eles não estão atrás da sua série favorita nem da sua cerveja geladinha.

A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) está alertando para o fato de que todos esses aparelhos estão ameaçados de serem alvos de ataques cibernéticos. A conhecida Internet das Coisas (IoT) é a próxima vítima dos criminosos que estão desenvolvendo suas habilidades para aprender como ter acesso a dados através desses eletrodomésticos.

Esses ataques cresceram de forma tão significativa ao longo dos últimos dois anos que a organização já reuniu investigadores e especialistas em averiguação digital de 23 países para simular um ataque cibernético coordenado a um banco tendo como base de lançamento esses aparelhos.

Na análise de Christian Vezina, chief information security officer (Ciso) da Vasco Data Security, líder global em soluções digitais incluindo identidade, segurança e produtividade nos negócios, a Internet das Coisas alterará radicalmente a forma como vivemos e trabalhamos, mas todo esse novo cenário de facilidades pode ser facilmente sabotado pela ausência de uma segurança adequada. No momento atual, as ferramentas necessárias para um ataque cibernético são prontamente encontradas e usadas. “Qualquer pessoa pode ir até a chamada dark web e começar a usar um código malicioso, sem falar no acesso a programas criminosos envolvendo vírus, comercializados como serviço a preços irrisórios”, comenta Christian.

O executivo também chama a atenção para o fato de que os aparelhos conectados na Internet não possuem a encriptação adequada. Com esse universo crescendo expressivamente e tendo uma projeção para atingir os 20 bilhões de unidade em 2020, segundo levantamento do Gartner, a questão da segurança é uma prioridade.

“As organizações que oferecem produtos conectados precisam investir na entrega da segurança adequada para a experiência da IoT. E os consumidores precisam ser educados nas melhores práticas para dar segurança aos seus aparelhos. Sem a adequada segurança e educação, os consumidores ficarão hesitantes em mergulhar nessa nova experiência e corremos o risco de perder o imenso potencial presente nessa tecnologia revolucionária”, conclui Christian.

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