Por Marcelo Oliveira*
A transformação do negócio em função da evolução tecnológica dos mercados é um movimento inevitável para todas as empresas. Vemos, no entanto, que muitas delas não sabem quando e nem por onde começar. Estender suas operações e sua presença para o meio virtual, em um primeiro olhar, pode parecer uma tarefa natural para a equipe de Tecnologia, mas na verdade, trata-se de um grande desafio que envolve diferentes áreas de uma companhia.
Os atuais investimentos corporativos, mais do que nunca, têm como objetivo tornar as instituições mais tecnológicas e competitivas. No entanto, promover essa transformação em uma organização que já atua no mercado com algum sucesso é como trocar as rodas de um carro em movimento, ou realizar a ampliação de um edifício que já possui desafios estruturais. Fala-se muito, por exemplo, da criação de APIs, Plataformas Digitais e até mesmo de Inteligência Artificial, só que muitas das vezes, por falta de uma atuação sinérgica entre Tecnologia e Negócio, essas “soluções maravilhosas” podem complicar muito mais uma operação do que aprimorá-la.
Enfim, para que o investimento em transformação tecnológica seja efetivo aos desafios do negócio, é essencial eliminar as fronteiras entre as áreas de Negócios e de Tecnologia. O avanço não mais permite discussões entre visões dissonantes a respeito do projeto ou software que deve ser implementado, considerando apenas questões comerciais ou facilidades de aplicação no sistema vigente. A realidade do mercado pede agilidade, qualidade, competitividade e valor.
O momento é de integração, a área de Negócios deve enxergar a de Tecnologia como um meio, bem como a de Tecnologia ver a de Negócios como fim, e ambas com um só o propósito: a entrega de valor para seus clientes e acionistas. Qual é o valor desse projeto dentre as possibilidades existentes? Quais os resultados devem ser alcançados? O que entregamos à instituição e aos clientes no final do dia? São perguntas que só podem ser respondidas por meio de um pensamento unificado.
A essência de uma proposta com ganho efetivo contempla interações entre as equipes para a realização de avaliações técnicas das condições atuais e necessidades do legado (em função do negócio), bem como de estudos para a concepção viável de um produto a partir de um ponto de vista mais amplo (Ex. Product Discovery).
Integração é a palavra da vez. E ela não se refere apenas a softwares, plataformas e sistemas, mas de profissionais, equipes e gestores. Somente esse trabalho de arquitetura em 360 graus pode definir quais as ferramentas e métricas ideais para o cumprimento dos grandes objetivos: impulsionar os resultados e satisfazer o cliente.
*Marcelo Oliveira é Diretor de Produtos e Soluções Digitais da Verity, empresa especializada em consultoria para transformação digital e gestão de ponta a ponta.
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